segunda-feira, 13 de março de 2006

Um momento de paz interior, o cão que me desatou...



Aproveitei a hora de almoço para abandonar o gabinete, que nesta segunda-feira mais me parece um corredor da morte, segui para o jardim, deitei-me por momentos na relva, que de imediato me confortou, libertando-me do que me apoquentava. Ao longe passeava um cão que corria alegremente na minha direcção, aproveitando-se da minha apatia paralizante, lambeu-me a cara. Arrancando-me desse modo o primeiro sorriso do dia, acalmando-me e apaziguando os meus receios. Esta situação fez-me acordar do torpor que sentia, fez-me olhar as árvores, as folhas verdes no chão, a brisa que se fazia sentir. O sol que batia carinhosamente na minha face e que me fez levantar para saborear uma sandes de atum e um iogurte, o que acabou por ajudar a desatar o nó que sentia na barriga. Andei pelo meio das árvores admirando a primavera que chegou antes do tempo. Será um sinal? Quero acreditar que sim... Preciso de acreditar...