terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Os perigos (a curto prazo) de dormir com um ninja


imagem retirada do filme que como se de uma enciclopedia ninja se tratasse, me ensinou tudo o que precisava sobre...ninjas: O Ninja das Caldas

Para meu infortúnio tenho dormido na companhia de um ninja, se bem que inicialmente não tivesse dado qualquer importância, julgando tratar-se de uma freira. Esta noite tudo mudou, acabei por concluir que dormia com um ninja. E eu (pobre de mim) sem qualquer preparação em artes marciais, exceptuando as técnicas absorvidas aquando do visionamento de pérolas cinematográficas tais como o Kung Pow - Punhos de Aço, onde o 'Escolhido' tenta vingar a morte da sua família. O Master Pain (que gosta de ser chamado de Betty) é o vilão implacável. A aparição da miúda mono-teta que a cada passo solta um wiwiwiwiwi mais a cena da vaca completam o meu treino no que respeita às artes marciais. Mas mesmo tendo assistido aos filmes do Bruce Lee, do Chuck Norris e ao genial Ninja das Caldas nada me assustou mais do que constatar que partilho a cama com um assassino, uma máquina exímia em escuxinar pessoas. Ainda para mais... arghhhhh

Eu bem a tentei impedir - método utilizado: acedi a entrar numa grande superfície comercial, numa tarde de domingo, com o intuito de comprar artigos de higiene intima, algo que me fez estremecer e agonizar, mas a missão, com elevado grau de dificuldade foi cumprida com distinção, agora não (estou aqui a falar com os senhores) não!!! arghhh, smuchh, autch, argh...

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Dedo no nariz



Planeara eu um dia poder enfiar o dedo no nariz
Com o meu dedo,
Tencionara poder sentir, o dedo no nariz
Tocar o ranho aquecido, poder senti-lo
Desejava, um dia, num simples gesto
Sentir-me aliviado, sentir-me assim
E ainda que por muito pouco durasse,
Sentir-me aliviado, sentir-me assim
Quisera eu sentir um toque de magia,
Num momento de fascínio sentir o dedo no nariz
Romper esta comichão incomodativa
Que me sustenta a angustia
No meu nariz
Sentir-me aliviado, sentir-me assim
Anseio assim, coçar o nariz
E minorar esta sensação
Sem nunca mais sentir esta ranhola
Sentir-me aliviado, sentir-me assim
Preciso de um lenço de papel…
Dois albuns para ouvir durante o dia de hoje

Agua De Annique - Air



Ora bem, devem conhecer a Anneke van Giersbergen, ex-vocalista dos The Gathering que criou outra banda, os Agua de Annique... agora vou continuar a ouvir o disco que está bastante agradável...

Anoushka Shankar - Breathing Under Water



Ai a Anoushka! Que neste álbum se aproxima do conceito comercial, uma boa dose de exotismo que cria um ambiente de conforto, afagando-nos a alma, envolvendo-nos num clima de paz e amor (ok, admito que estou a exagerar um pouco) a cada acorde da sua cítara. Esta menina é irmã da Norah Jones que também participa neste álbum, a par do seu papá, o virtuoso Ravi Shankar e do Sting). Aconselho que escutem este disco com a atenção que a Anoushka merece.

Anoushka! Lembras-te de mim? Em 2002 nas caldinhas? Se sim dá uma apitadela!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

A arte de não dobrar meias, eis o que dá



Este vídeo amador é a derradeira prova de que sou molestado. E porquê? Tudo pela minha inabilidade de dobrar as meias. Após esta contundente prova não restam dúvidas de que preciso de um qualquer workshop na arte da dobragem das meias! Logo que cure as feridas e que as nódoas negras desapareçam farei uma aparição pública. Com que cara poderei agora entrar no café Caçador?
Os monstros de ontem que irão atacar amanhã, ou depois de amanhã



Algures na mata, escondido num tronco, ou até mesmo na minha fronte. Mesmo ma ponta do meu nariz. Entrando pelos buracos, ranho adentro, fluindo através da minha pilosidade nasal. Serpenteando pelo muco, a tentar alcançar o meu cérebro. Quão infelizes serão eles! Nunca penetrarão no meu cérebro, na muralha erguida a cada pensamento, criando uma barreira inviolável. Que quererão eles do meu cérebro? Nada possui de valor. Gosma colada nas bordas cinzentas! Entulho impedindo a mente de sair pelas orelhas. Orelhas que servem para bloquear ideias, criando cera, fazendo com que as ideias escorreguem de volta ao seu lugar, para o vazio da minha mente. Que querem eles, seres que da mata saíram, mata escura e espinhosa cheia de bichos que me roem as ideias. São uns monstros, é o que são!
A corda



Ali pendurado na corda
Pescoço esguio a tentar escapar
corda esticada
corpo inanimado
corpo amarrado
corda a rasgar
corpo a cair
lama na face
lama musguenta
lodo que suja a face
face esganada pela corda
quem colocou ali a corda?
quem o matou?
corda estranha
na mala do carro
fita vermelha atada na corda
na mala do meu carro
carro avariado
terá sido a corda?
por certo não!
Led Zeppelin em Portugal, afinal só em DVD

Julee Cruise em Braga



A Julee (trato-a desta maneira informal, pois ela quase faz parte da minha vida, ai a Julee (suspiro), mas o suspiro reporta à minha adolescência, enquanto seguia o drama da desafortunada da Laura Palmer, uma lágrima me escorria no recanto do olho ao ouvir este tema:



Bem sei que um homem não chora, e aquilo não era chorar, talvez tenha sido um cisco no olho, bem no meio do olho, provocando um lacrimejar, causado talvez pelo corpo estranho da canção que desperta emoção, talvez até, quem sabe, um qualquer fragmento invasor, o qual apenas se retirava ao fim da canção) traz o seu projecto ao Theatro Circo em Braga, no dia 18 de Fevereiro. Este concerto será o único em Portugal e serve para apresentar o seu trabalho mais recente, o álbum The Monstrous Surplus, o qual tenho ouvido desenfreadamente.

Os bilhetes andam por aí a 15 euros cada… A correr bem lá estarei, babado em frente ao palco…
Embrenhar no negrume da selva, para depois acordar



Eu vou, mas não quero ir. O bilhete está na mão, mas a querença cede, tal como se fosse uma ancora bolorenta. Não quero ir. Nem sequer devo ir. Qual o porquê da súbita viagem? E logo para o Zimbabwe? Por fim acordo, coço a nalga esquerda, a perna está dormente. Porra! O suor goteja pela minha focinheira, viro-me para o lado e adormeço de novo.
8 e meia da manhã



Nota introdutória à narrativa: não existe lógica nesta narração. Os intervenientes não passam de corpos dissidentes do devaneio febril do sujeito que rabisca estas porcarias.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Cá está a primeira playlist de 2008

Não existe qualquer critério na selecção das músicas, apenas registo algumas das quais deixaram marcas, que me disseram algo, que me tocaram. Na sua maioria remontam a 2007, mas algumas mais antigas persistem em penetrar na lista. Brevemente apregoarei os álbuns que mais tocaram na minha grafonola durante o ano transacto.

Regina Spektor - Us



Robert Plant & Alison Krauss - Sister Rosetta Goes Before Us(2007)



Gogol Bordello - Wonderlust King(2007)



April March - Up Above



Spoon – The Underdog(2007)



30 Seconds To Mars – The Kill



The Editors - An End Has A Start(2007)



The Organ – Brother



Tegan & Sara - Back In Your Head(2007)



Joanna Newsom - Sprout And The Bean



The Decemberists - O Valencia!



The Veils - Calliope



Gomez – See The World



Mates Of State - Like u Crazy



The Shins - Phantom Limb(2007)



Radiohead - Jigsaw Falling Into Place(2007)



Rilo Kiley - Portions of Foxes



José González – Teardrop(2007)



Arcade Fire - Intervention(2007)



Gorillaz - Bill Murray



Foo Figthers - Long Road To Ruin(2007)



Bjork - Declare Independence(2007)