sábado, 30 de setembro de 2006

Tarde de sábado...



Filme: You I Love

Um filme que retrata uma relação homossexual na Rússia. Portanto é um filme gay falado em russo. Uma surpresa…

O filme mostra-nos 3 personagens que vivem na capital russa, bastante liberal. Dois deles vivem bem, possuem bons empregos. Ele produz anúncios televisivos e ela tem um programa de televisão. Frequentam bares, vivem em luxuosos apartamentos. Algo que raramente se vê. O terceiro personagem é pobre, dai uma mistura que faz lembrar vagamente o Sexo e a Cidade.



Filme: My Super Ex Gilfriend

Normalmente ex-namorada é quase sempre sinónimo de uma enorme dor de cabeça, sobretudo quando não se conforma com o fim de um relacionamento.

Uma namorada que não se conforma com o fim de um relacionamento, até aí é normal. O problema é que esta ex-namorada possui super poderes e está decidida a vingar-se. Ela é neurótica, possessiva, maníaca, paranóica.

No início a relação era perfeita, de salientar a parte em que eles praticam relações sexuais estratosfera. O filme nada tem que o torne especial. Uma comédia leve para ver e esquecer. Só o vi porque nele entra a Uma Thurman…

sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Um sonho muito estranho, o meu, desta noite



A Morte estava próxima, ele bem o sabia. Estávamos então numa manhã de sexta-feira. Um dia como qualquer outro. Estava ele na cidade imaginária das aliens mamalhudas. E a Morte à espreita. Ele sempre teve a ideia de que para morrer, morresse numa segunda-feira, gozando o fim-de-semana à fartazana. A Morte também não estava para ter muito trabalho devido à fraca qualidade daquela alma perdida.

Ele sonhava, embora na verdade ele estivesse bem acordado. Lava a cara, veste-se e arranca no seu Fiat Punto. Meio vesgo faz uma paragem de emergência. Café é preciso! Saboreia o café com a Morte à espreita. Ela tenta terminar o seu serviço. Ao prever a sua própria morte, o Mogambilio (o interveniente deste absurdo enredo) finta o seu fatal destino. Deixando a Morte de mãos a abanar. Pela estrada seguia ele vagarosamente. Uma alien mete-se com ele dizendo uma qualquer piada. Ele sorri como que ignorando-a. Ela insiste, força-o. Não é que ele não gostasse de aliens mamalhudas, a questão é ele ainda não tinha acordado. E para ele sexo só após de ver o e-mail, antes: nunca! Uma questão de princípio, assim dizia ele, vá-se lá saber porquê. Ao chegar ao seu gabinete repara nas suas coisas remexidas, devidamente empilhadas e acondicionadas na sua secretária. O seu caos organizado deixara de ser caos para se tornar apenas organizado. Tudo fora do sitio. O rato virado de pernas para o ar e a miscelânea de equipamento informático arrumado. Nesse momento ele desejou a morte. Ela sentiu o chamamento e apressou-se a tomar a sua alma como sua. Redundância? Parece que sim, mas não. Ele havia desistido de viver. A secretária organizada! Como iria ele dar com as suas coisas! Abriu os braços e abraçou a Morte. A sua alma estava quase a ser consumida quando com o olho entreaberto vislumbrou a seguinte mensagem no ecrã do seu computador: You’ve 2 mail messages… Aí a sua vida fez sentido. Ele fez um acordo com a Morte. Esta levaria a funcionária da limpeza que havia arrumado o seu gabinete em sua vez. Por seu lado ele iria tomar um café com a alien mamalhuda.

Pois é, foi este o sonho que me importunou esta noite mal dormida…
Hostel, tanta ansiedade para nada...



Estive na estreia deste filme, foi no Fantasporto, só que a sessão estava esgotadíssima. Tudo porque no cartaz do filme anuncia: Tarantino Apresenta. Achei muito estranha a presença do Quentin no cartaz, cheirava a simples chamariz. E é disso que se trata, ele apadrinhou o filme, mais nada.

Uma enorme desilusão, foi o que foi. Um grupo de dois universitários norte-americanos e um islandês passeiam pela Europa de mochila às costas em busca de diversão. Na Holanda petiscam as várias drogas, bebem, fumam e arranjam umas miudas jeitosas. Até que alguém os aconselha a capital da Eslóvaquia. Lá é que existem gajas boas desesperadas por sexo; as malucas. E lá foram eles...

O filme mostra muitos seios simpáticos, algumas cenas de suspense, sexo, drogas, terror psicológico, intriga, e chega a provocar desconforto em algumas cenas mais hardcore. Não sendo mau de todo, mas o suficiente, dado que está associado aos nomes Eli Roth e Quentin Tarantino.

Agora despeço-me de todos vocês... Vou para Bratislava em busca das gajas sedentas de sexo e atenção...

quinta-feira, 28 de setembro de 2006

Que recordações isto me faz "alembrar"



Embora a versão portuguesa esteja bem melhor...


Este post é dedicado ao Gil. Lembras? Daquela noite ao luar, ao lado do rio debaixo das estrelas! A arrotar e a lançar impropérios aos pescadores, que por sorte não nos acertaram no focinho! A Gaybota a gritar:

Peixe, peixe, peixe! E ouvindo como resposta: Chamaste!



Qualquer dia temos de apanhar outra buba e desafiar os pescadores na ponte de Fão! Aliás... faz já algum tempo que não me vejo de rastos no Fojo...
De repente... lembrei-me...



08:45 da manhã, ia eu no meu carro, absorto em pensamentos. Tocava a The Waiting Song da Ani DiFranco e sem dar conta lembrei do filme 40 Days and 40 Nights. Nomeadamente a cena mais erótica que eu já vi no cinema, uma das cenas que mais me marcou, a da flor...

But maybe if we wait
If we wait things will improve
Maybe we just wait
And things will improve
You know, they've got to improve

He says I know you have to go
You have gone before
We are fighting on two different fronts
Of the same war
But no matter what else
I will do
I will wait, for you.
José Cid - A Pouco e Pouco



Admirem a arte desta música: Faz o meu prato favorito... favas com chouriços...
Carla Bruni - quelqu' un m'a dit



O album de estreia da bela Carla Bruni, ex-modelo que surpreende com este trabalho recheado de melancolia.

De fácil audição, dotado de uma beleza simples. Os temas que mais me agradaram foram o "Quelqu'un M'a Dit" (que dá nome ao album); "J'en Connais" e o lindo "Raphael"

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Disco do dia: Pornosonic



Pornosonic: Unreleased 70s Porno Music

Aqui está uma preciosidade de disco! Raridades nunca antes editadas em cd. Desde que arranjei a fabulosa banda sonora do mitico Garganta Funda, procurei por pérolas musicais dos idos anos setenta, nomeadamente as bandas sonoras de filmes pornográficos.

O disco conta com a participação da lenda viva da pornografia: Ron Jeremy que faz umas curiosas introduções aos temas: "A relaxed ass is a happy ass". Melhor que isto não se encontra. Aconselho os temas:

Sex Starved Secretary
Special Delivery
Prepare For Take Off


Embora o tema do disco possa parecer de conteúdo pouco próprio e por ventura ofensivo, garanto que os temas são completamente inocentes. A música é mesmo muito boa onde é tocado um bom funk à moda antiga. Aconselho vivamente!

terça-feira, 26 de setembro de 2006

A Sandes de Atum, o meu manjar



Baguete, Atum, Alface, Tomate, Maionese, Ovo.

Manchei a camisola, raios, agora passarei assim o resto do dia. Uma mordidela, uma rodela de tomate na camisola. Esfrego com água, uma mancha. Até que estava boa, a sandes de atum. Coca Cola a acompanhar, e no fim, um cafézinho que sabe sempre tão bem.

Foi assim o meu almoço. Rápido e banal. Como sempre. Atum.
Me Cago En El Amor



por Tonino Caratone

E' un mondo difficile
e vita intensa
felicita' a momenti
e futuro incerto
il fuoco e l'acqua
con certa calma
serata di vento
e nostra piccola vita
e nostro grande cuore

Porque voy a creer yo en el amor
si non me entiende no me comprenden tal como yo soy
Porque voy a creer yo en el amor
si me traiciona y me abandona cuando major estoy
No sabemos muy bien entre tu y yo
y aunque parezca no tienes la culpa la culpa es del amor

E' un mondo difficile
e vita intensa
felicita' a momenti
e futuro incerto

No puedo convencer a mi corazon
si yo no dudo y estoy seguro que el tiene razon
No voy a asesinar esa sensacion
si yo la quiero yo la deseo aunque me de' dolor
Yo no quiero sufrir pero aqui' estoy
y estoy sufriendo y no me arrepiento me cago en el amor

E' un mondo difficile
e vita intensa
felicita' a momenti
e futuro incerto
il fuoco e l'acqua
con certa calma
serata di vento
e nostra piccola vita
e nostro grande cuore

Porque voy a creer yo en el amor
si non me entiende no me comprenden tal como soy yo
Porque voy a creer yo en el amor
si me traiciona y me abandona cuando major estoy
No sabemos muy bien entre tu y yo
y aunque parezca no tienes la culpa la culpa es del amor
Yo no quiero sufrir pero aqui' estoy
y estoy sufriendo y no me arrepiento (me cago en el amor) me cago en el amor

Me cago en el amor
Me cago en el amor

Vita mia

E' un mondo difficile

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Banda sonora: Marie Antoinette



Os The Strokes e os New Order participam na banda sonora original do novo filme da Sophia Coppola: Marie Antoinette. O disco ainda não teve edição comercial, será para 10 de Outubro, mas eu já me arranjei, já o tenho nas mãos. No alinhamento constam também os Air (que foram os autores da excelente banda sonora do primeiro e brilhante filme da Sophia Coppola, As Virgens Suicidas), os The Cure, Siouxsie and The Banshees, os Gang Of Four e os Aphex Twin...

Esta banda sonora foi produzida pelo Brian Reitzell, que trabalhou com a Sophia Coppola na elaboração da também brilhante banda sonora do Lost In Translation em 2003. Estou à espera da estreia do filme, que se passa em França em 1977. Onde a Kirsten Dunst nos presenteará com uma actuação ao seu nível, ou seja, soberba!
The Veils: Nux Vomica



Finalmente arranjei o muito esperado novo disco dos The Veils. O anterior The Runaway Found passou completamente ignorado, apesar da sua enorme qualidade. E se com o anterior os The Veils não obtiveram sucesso, certamente não será com este, trata-se de um som mais difícil e sem singles. A qualidade está lá bem patente. Esta é mais uma das bandas que entra no lote daquelas que passam ao lado, com muita pena minha.

Eu cá vou ouvindo continua e alegremente.
Comodidade para as refeições



Foi o subject de um mail que eu recebi na minha caixa de correio electrónico. Gostei do que vi. Acho esta mesa mais útil do que machista. Se é que é machista. Acho-a bastante agradável. Deste modo, nós, os homens, teremos mais facilidade em domesticar as nossas fêmeas.



As fêmeas ficam numa posição subserviente, onde podem comtemplar a supremacia do Homem. Domesticar as fêmeas tem sido uma tarefa árdua.



Gostaria era de saber onde se vende este conjunto, gostaria de adquirir um exemplar, a ver se consigo domesticar... Ai. Já sei que à conta deste post vou levar nas orelhas! Embora seja eu o patrono da relação. O mestre e senhor... Ou não!
A Caixa de Música



Não é bem um iPod, nem lê MP3. Não usa pilhas nem bateria. Não tem ecrã LCD nem memória flash. Não é digital nem tem saída estéreo, mas tem o que os outros nem sonham ter: Encanto e beleza. Girar a manivela e ouvir os ferrinhos a debitar a blowin in the wind, dando vontade de cantar...

Rodar a manivela e sonhar. Imaginar ao som da música. E sonhar é o que de melhor temos. Espero que tenhas gostado... Eu adorei, e emocionalmente muito me custou oferecer-te esta bela preciosidade... Queria guardá-la só para mim...

Blowin in the Wind, Bob Dylan:

How many roads must a man walk down
Before you call him a man?
Yes, 'n' how many seas must a white dove sail
Before she sleeps in the sand?
Yes, 'n' how many times must the cannon balls fly
Before they're forever banned?
The answer, my friend, is blowin' in the wind,
The answer is blowin' in the wind.

How many times must a man look up
Before he can see the sky?
Yes, 'n' how many ears must one man have
Before he can hear people cry?
Yes, 'n' how many deaths will it take till he knows
That too many people have died?
The answer, my friend, is blowin' in the wind,
The answer is blowin' in the wind.

How many years can a mountain exist
Before it's washed to the sea?
Yes, 'n' how many years can some people exist
Before they're allowed to be free?
Yes, 'n' how many times can a man turn his head,
Pretending he just doesn't see?
The answer, my friend, is blowin' in the wind,
The answer is blowin' in the wind.
Segunda feira de manhã:
O meu reino da treta... por um café




O despertador toca. Ignoro-o. Ele toca novamente. Tapo a cabeça com a almofada. Recuso acordar, mesmo estando já acordado. Sinto-me perdido no espaço e no tempo. Que dia é hoje? Que horas são? Raios! Já estou atrasado! Abro um olho, abro o outro. Vejo tudo desfocado. Acendo a luz. Ela fere-me os olhos. Fecho-os. A mente começa a agir. O instinto leva-me à casa de banho. Água na cara. Que bom. Sinto-me vivo, embora ainda com sono. E na manhã seguinte… A mesma coisa…
Tarde de domingo: Volver de Pedro Almodovar



Domingo, esse dia deprimente, nada melhor do que uma sessão de bom cinema, só que uma pessoa é bombardeada com cinema de plástico onde apenas se vê lixo nas telas. Em cartaz estava o Volver do grandioso Pedro Almodovar. O único problema é tinha de ir ao NorteShopping para poder assistir ao filme. Assenti. Uma multidão borbulhava no centro comercial, que encolhia face à sua lotação excessiva. Magotes de pessoas deambulando pelos corredores... Pago 5 euros!! pelo bilhete e aguardo pelo filme. Como o filme não era americano e nem tinha efeitos especiais nem o camandro a sala enorme, estava bastante vazia. Apagaram-se as luzes, começou o tão aguardado filme...

O filme:

Volver retrata a força das mulheres, sobre a vida e resistência quanto ao desprezo dos homens. A versão feminina do sofrimento, do carinho. As suas facetas de mães, filhas e esposas, vizinhas, amigas… Pequenas situações da vida. A Penélope Cruz arrasa neste filme, perfeita no papel que representa, levando-nos com ela com facilidade, do drama à comédia. O resto das actrizes estiveram, à imagem da Penélope, perfeitas nos seus papéis. A fotografia do filme está fora de série, linda até. O som não está tão bom, mas consegue passar despercebido. Pedro Almodóvar conta uma história que nos dá a volta constantemente, levando-nos a pensar o óbvio, mas dando-nos uma finta. Ameaça, mas não cai no erro do cliché...
As Bodas de Deus



Noite em que não apeteceu sair. Noite para ficar em casa. Noite a dois. Noite de relaxamento no sofá. Noite de acalmia. Noite...

Filme brilhante do génio João Cesar Monteiro no serão de sábado.

Tudo parece perdido.

É então que num velho parque solitário e gelado, duas sombras se encontram: a de Deus e a de um Enviado de Deus.

O Enviado de Deus dá ao vadio (estado provisório do pobre João de Deus) uma mala cheia de dinheiro. Missão cumprida, o Enviado vai à vida. Debaixo da árvore à beira do lago, João conta as pápulas. A água silente do lago é perturbada pela queda de um corpo. Ouvido o que se passou, vai João ver o que se passa. A jovem Joana está prestes a afogar-se. João atira-se à água retira Joana. Ministrados os primeiros e tão prontos socorros, João transporta a inanimada para um convento de freiras. Que confiança! Que aventurança!
Volta ao parque para recuperar o dinheiro contido na mala. Felizmente, aquela hora do dia, os viandantes não viandam.
Noite de sábado: Malena



Um filme apaixonante e realista onde brilha a classe da Monica Bellucci.

Itália, 1941. Mussolini está no poder, e o país em guerra. Numa aldeia da Sicília, Castelcuto, Renato, um rapaz de treze anos recebe uma bicicleta como prenda de ano e ao mesmo tempo, conhece a mulher mais bonita da aldeia, Malena, e desperta para o amor. Malena trata do pai, enquanto espera que o marido regresse da guerra. De uma beleza estonteante, ela desperta paixões não só entre os jovens, mas também entre os homens mais velhos. E desperta também a ira das mulheres, que vêem nela uma ameaça. Quando chega a notícia de que o marido morreu, Malena passa a ser o alvo de todos os homens da pequena aldeia. Ela acaba por ceder, tornando-se numa prostituta. Renato acompanha tudo de longe, tomando conta da sua amada.

Giuseppe Tornatore, cria uma atmosfera de encantadora nostalgia, levando o espectador a ter uma visão do mundo de Renato, o jovem adolescente apaixonado.

Um filme apaixonante e realista, "Malena" recebeu duas nomeações para o Óscar em 2001: Melhor fotografia e melhor Banda sonora, nomeações para os Prémios Bafta e para o Urso de Ouro do festival de Cinema de Berlim em 2001 e ganhou o Premio David di Donatello também em 2001 para a melhor fotografia.
Desta vez não andei de tractor...



O tempo estava maroto e ameaçava pregar partidas. Pelas sete e meia da matina toca a acordar, a chuva fustigava o exterior da casa. Relutante em sair da cama ouvia o som típico das gotas de chuva contra o telhado. Um som abafado e ensurdecedor que apenas dá vontade de continuar na cama, enroscado, quentinho e confortável. Mas como um homem tem de fazer o que um homem tem de fazer, levantei-me. Meti um pouco de pão no bucho e preparei um café bem forte. A chuva parou, sinal claro de que teria de meter mãos à obra. Juntei-me ao grupo que iria atacar as vinhas. Vindimar os cachos brilhantes e húmidos. O sol aparecia e desaparecia. Ameaçava chover, mas não chovia. As cestas iam ficando cheias, as mãos calejadas, as pernas cambaleantes. Assim é a vida no campo. Dura e gratificante. Embora não esteja minimamente habituado às lides da lavoura, tiro prazer destes rituais. É claro que durante esses rituais apresento um mal humor e um enorme desconforto, aquilo custa bastante. O esforço físico não é nada modesto. A verdade é que estas actividades enriquecem e são gratificantes.

Ao fim da manhã o S. Pedro fez das suas. Um tromba de água surgiu, vinda dos céus, acompanhada de trovoada. Raios toavam no cinzento escuro em que se havia tornado o firmamento. Paragem obrigatória, proteger da chuva era a palavra de ordem. Por fim a chuva cessou. A satisfação tomou lugar. Foi arregaçar as mangas e atacar as uvas.

A noite dava já uma espreitadela quando se terminou a colheita, o cansaço e a dormência dos membros exigiram descanso... Até para o ano...
Livro de cabeceira: Papisa Joana



Conta a história da vida da mulher que ocupou a Cadeira de S. Pedro. É certo que se trata de pura invenção (ou não). Ainda hoje a história é reconhecida como verídica, pois a Igreja Católica viu-se obrigada a destruir vários registos históricos relacionados com esse episódio. E a Papisa Joana sobreviveu até hoje enraizada pela cultura popular, tendo-se tornado numa lenda.

Joana, filha de um pai missionário e de uma mãe saxónica. A sua inteligência era evidente, mas dado o seu estatuto de mulher foi sendo reprimida violentamente pelo pai. O que lhe valeu foi o seu irmão Mateus, que a ensinou a ler e a escrever às escondidas… A partir daí ela segue os estudos, onde com brilhantismo sobe na hierarquia canónica…

sexta-feira, 22 de setembro de 2006

É a bidinha...



Este post é dedicado ao malvado que me assaltou o carro, isto, se é que ele faz parte de núcleo de três pessoas que visitam regularmente este blog! Quero mostrar o meu desagrado em relação à maldade perpetrada por esse tratante. Será que valeu a pena? Eu acho que não, o seu trabalho foi inútil e nada produtivo, acabando apenas por me causar um enorme incómodo.

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Documentário: Lisboetas



O Cineclube de Joane exibiu o brilhante documentário Lisboetas, onde nos é exibida a vaga de imigração que mudou a face do nosso país. Com uma vertente bastante política mostra a realidade e a experiência humana da imigração em Lisboa, que serve de exemplo para o resto do país. Uma montra sobre os seus modos de vida, o mercado de trabalho sacana, os seus direitos inexistentes, as suas religiões e identidades. O seu modo de vida que ignoramos. Uma face escura da realidade que tem lugar mesmo ao nosso lado. Um filme que deve ser visto e que não deve ser ignorado.



Estava programada a participação do realizador Sérgio Tréfaut para um pequeno debate no fim da sessão, mas por muita pena minha (e por certo, dele próprio) a sua vinda não se realizou, seria a cereja em cima do bolo.
Arre porra! Detesto este gajo



A seguir ao Teletubbie o boneco da caixa automática multi-banco é o mais odiável...

Despistado como sou, fui fazer um levantamento numa caixa multibanco e esqueci-me lá do cartão, dando-o como perdido. A necessidade obrigou-me a regressar à mesma caixa, desta vez com a caderneta, ao que o boneco simpático me disse com um sorriso idiota estampado no rosto: De momento não é possível executar esta operação!

Hoje de manhã tentei de novo. Para minha surpresa, introduzi incorrectamente a caderneta, obtendo a seguinte mensagem do estúpido boneco: Por questões de segurança retemos a sua caderneta!

Ai! Pensei eu! Que raios! Maldição!

Parei, acalmei-me e decidi que tudo se deveria à falta de café. Tomei-o e dirigi-me ao balcão da instituição bancária onde expliquei a minha situação. Como seria de esperar os funcionários fitaram-me com aquele ar de: Este gajo é maluquinho<span style="font-weight:bold;">!

A situação resolveu-se e fiquei novamente contente da vida. Parvo como sempre.

terça-feira, 19 de setembro de 2006

O Pêndulo de Foucault, do Umberto Eco



O Santo Graal anda por aí. Este livro é um desenrolar de conspirações, ora os Templários, ora os Jesuítas, ora os Rosas-Cruzes...



Cada página levanta uma ponta de mistério... Estou quase no fim e torna-se cada vez mais como se estivesse no inicio. Embora seja necessária alguma dose de paciência.
Eu gosto disso...



Movimentos perfeitos
Quando eu te toco
Arrepio-me todo
Eu gosto disso
Rascunhos e promessas
Que nos permitimos fazer
Sem demora
Eu gosto disso
E nem te apercebes
Tudo acontece
E tu não sabes
Também eu não quero saber
Dormir até tarde
Enroscado em ti
Um abraço apertado
Uma tranquilidade perfeita
Um peidinho
Um embaraço
Um sorriso
Um encolher de ombros
Um beijo
Uma gargalhada
Movimentos perfeitos
Corpos quentes
Corpos despidos
Um beijo quando te toco
Eu gosto disso
Acho que sabes...
Faço de conta que não percebo
Entrego-me, deixo-me ir
Eu gosto disso
Pensei que já sabias...



Ontem pediste-me algo
Pensei que já sabias
Respondi com o olhar
Com um sorriso no olhar
Sorriste para mim
E murmuraste no meu ouvido
E ali ficamos
Parvos e imóveis
Inertes a divagar
O teu desejo teve resposta
Sem falar, apenas sorrindo
A fome apertou
Fui almoçar
Como se deve fazer
Na mão... Um talher...
Então encontraste-me de novo
Eu ali, cheio de medos
Preencheste-me de novo
Rendi-me, dei-me
Segui, pousei o tabuleiro
E peguei numa peça de fruta
Uma maçã, doce maçã
Verde maçã, madura maçã
E comi. Comi a maçã.
Olhei-te nos olhos
Brilhavam
Tomei um café
Porra que estava quente!
Queimei a lingua...
Fui embora.

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

Frase do dia



Pau de canela mutante semi homo meio virgem que come gelados com a testa.
Ana Carolina e Seu Jorge ao vivo



A Ana Carolina e o Seu Jorge sobem ao palco de modo informal onde tocam versões acústicas despretensiosas e simples. As músicas "Tanta Saudade", "Nega Marrenta" e "É Isso Aí", a versão de "The Blower's Daughter", do compositor indie folk britânico Damien Rice. Esta dupla cria momentos deliciosos em palco, tanto a solo como em conjunto. Adoro este disco e não me canso de ouvir...
Diz lá se isto não me dá um ar inteligente



Acredita: Eu sou palerma!
Mais um...



Letra da música Dia Especial, só não digo o autor porque tenho vergonha...

Yo no sé si es muy tarde para ti,
Quiero desafiar la comodidad
No nos sirve más fingir...
Yo no se cuán efímero es tu error,
Ya te perdoné
Adelanté las agujas del reloj...
La lágrima secó,
Se aleja el temporal,
Latiendo como el sol,
Mi corazón no tiene edad
Para esperarte...
Éste es un día especial,
Quiero creer... otra oportunidad.
Dimos un salto mortal,
Y hoy vuelvo a ver...
Faro en la oscuridad
Ya no estoy tan confusa como ayer,
Solo la ilusión trae desilusión,
Y es tan fácil de caer...
Un mundo en que creí,
Lo eterno y lo fugaz,
Prefiero darle fin aunque me ocultes la verdad,
más vulnerable...
Latiendo como el sol
Mi corazón no tiene edade

sábado, 16 de setembro de 2006

Bauhaus



Crowds

What do you want of me
What do you long from me
A slim Pixie, thin and forlorn
A count, white and drawn
What do you make of me
What can you take from me
Pallid landscapes off my frown
Let me rip you up and down

For you I came to forsake
Lay wide despise and hate
I sing of you in my demented songs
For you and your stimulations
Take what you can of me
Rip what you can off me
And this I'll say to you
And hope that it gets through

You worthless bitch
You fickle shit
You would spit on me
You would make me spit
And when the Judas hour arrives
And like the Jesus Jews you epitomize
I'll still be here as strong as you
And I'll walk away in spite of you
And I'll walk away

Walk away
Filme: O Novo Mundo de Terrence Malick



Ainda vale a pena ir ao cinema. Por vezes aparece um grande filme que me conquista de modo triunfal. Uma simples história de amor transforma-se numa obra prima. A fotografia do filme é deslumbrante acompanhada pela soberba banda sonora. A Pocahontas é representada por uma actriz simpática e agradável que consegue representar a inocência das tribos antes da chegada da arrogância e egoísmo do mundo civilizado... Durante o filme as minhas emoções estiveram ao rubro.
Yeah Yeah Yeahs - Turn Into

A música que não sai da minha cabeça, que me faz gritar para dentro, que me faz arranhar as entranhas, que me provoca suores frios... que me faz pensar em algo mau e bom ao mesmo tempo, que me deixa a levitar no peso que suporto...



i know what i know
i know
on the car ride down
i hear it in my head real low
turn into the only thing i ever
turn into
hope i do
turn into you

i know what i know
well i know
that girl you found
keeps that kind of window closed
she'll turn into the only thing that ever
turn into
hope i do
turn into you

can't say why i kept this from you
my, those quiet eyes become you
leave it where it can't remind us
turn this all around behind us
oh, well i know
we'll all fall right in to keep you out
i'd like to tell you all about it

i know
what i know
i know
this is the last time around
i'll hear it in my head real low
turn into the only thing that ever knows
only thing that ever knows

i know what i know
well i know
Playlist para uma pré noite sabadiana



Sinto-me twiste e aborrecido. Porquê? Não sei, mas apetece-me ficar a ouvir estas musicas, só e no escuro do meu quarto, absorvendo-as e alimentando-me delas para me reajustar...

Silversun Pickups - Kissing Families
Dinosaur Jr - Get Me
Tom Petty - Saving Grace
Weezer - The World Has Turned and Left Me Here
Devendra Banhart - A Ribbon
Iron and Wine - Free Until They Cut Me Down
Yo La Tengo - Mr Tough
White Stripes - This Protector
Bob Dylan - The Levee's Gonna Break
Roy Orbison - Running Scared
The Decemberists - The Soldiering Life
Velvet Underground - Venus in Furs
Jeff Buckley - Lover, You Should've Come Over
Dia de vindima



Durante este dia uma frase assaltou-me constantemente à cabeça: Nunca mais bebo vinho! Mas durante o dia não fiz outra coisa. Foi ver aqui grande agricultor a apanhar uvas do chão, a beber vinho, a trepar a escada, a carregar cestos, a praguejar, tudo menos pisar as uvas...
Conheço uma pessoa que odeia o Kung Pow



Alguma vez colocaste em causa uma relação pelo simples facto da outra pessoa ter odiado um filme? Eu já me senti assim, após ouvir a seguinte frase: É pá! Essa porcaria não tem piada nenhuma!

O Master Pain é que não ouviu essa afirmação, senão a Eliana teria levado com a garra de ferro.

terça-feira, 12 de setembro de 2006

Beijinho Podre (Beijinho Doce)



Autor: Laert Sarrumor
Interpretação: Laert, Ayrton e Alcione
Ano: 1998

Que beijinho podre
Que ele me deu
Não sei se foi repolho
Ou feijão azedo
O que ele comeu
Que beijinho podre
Deixou na minha boca
Um gosto ruim
De peixe estragado
De urubu assado
Ou algo assim
O dente é carniça
A língua é fedida
E o fígado ruim
Um bafo arretado
Um arroto bem dado
Esse é o meu fim
A encomenda



Ninguém me tira da cabeça que esta pessoa pequena é originária de outro planeta. Viajante de um cosmos cheio de brinquedos espaciais e infinitos. Com penicos gigantes e chupetas estranhas. Este ser que faz chichi nas cuecas é capaz de comportamentos que ultrapassam a nossa capacidade de processamento cerebral. Ele enche o comando do televisor com baba, tem longas conversas com um rottweiler, dá pontapés. Da sua boca saem sons estranhos, tais como: Plé, Batite, Migul, Panu, Ibit...

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

As aventuras da Pantera Cor-de-Rosa!



Mais de quarenta episódios... Com a qualidade da famosa "Versão Brasileira, Herbert Richard"...



Para animar o meu primito arranjei os desenhos animados da Pantera Cor-de-Rosa. É vêr o simpático felino a aplicar travessuras no Inspector Vivaldo. Uma das séries animadas que acompanhou o meu desenvolvimento como pessoa, e das que mais estimo e que vinte anos depois volta a preencher o meu imaginário. Só que o puto não acha piada nenhuma, e demonstra ter vergonha nos momentos em que desato a rir desalmadamente.

Porque razão eu consigo ser mais infantil que uma criança de dois anos de idade?

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

O guardião insaciável



Eu tenho um cão maluco.
Ele um dia telefonou-me com o telefone.
Ele tem uma namorada que era uma cadela também maluca.
Um dia ele atirou-se pela janela mas ele não morreu porque ele é maluco...


A minha casa está fortemente protegida, de um lado, um valente e mal encarado rottweiler, do outro lado por um psicótico rafeiro. Este espécime canino, de reduzida envergadura, é uma alma possuída pelo instinto sanguinário de uma qualquer alma penada com quatro patas.

Na foto podem vê-lo na pose assassina, sedento de coisas para roer e trincar. O bicho nunca de cansa de correr pela casa em busca da minha mãe, por quem em nutre um sentimento de posse.

O animal deve ter (à minha imagem) algum distúrbio sexual, tudo o que é boneco, ele monta. A sorte do rottweiler é estar separado, senão imagino-o a ser violado pelo meia leca do Penico, o cão guardião insaciável...
Um filme lindo...



Uma agradável surpresa foi o filme O Tigre e a Neve do Roberto Benigni. A guerra do Iraque é o mote para esta saborosa narrativa onde um poeta sonha com um amor não correspondido. Uma obra que deve ser vista e revista. Um filme genial.
A primeira paixão da Caixa



Quis o destino que a Caixa de apaixonasse. Uma paixão proibida devido às diferenças obvias entre uma Caixa de Madeira de boas famílias, bem-educada e uma Caixa de Sapatos tóxico-dependente que cuspia no chão e dizia muitos palavrões.
Uma Caixa de Papelão que pertencia a uma banda de heavy metal e que tinha um piercing na aba. A Caixa ainda não recuperou da triste e desagradável separação, quando um motard barrigudo, peludo e mal encarado pegou na sua amada, a Caixa de Sapatos, tomando-a como sua, usando-a para guardar comida gordurosa e restos de velharias, que por ventura seriam lembranças de uma longa vida na estrada. De seguida a Caixa foi usada para transportar objectos de maior porte, a distâncias cada vez maiores. À medida que ela ia crescendo, maiores objectos ela transportava.
Se não tem carne... não é comida



Decididamente não gosto de vegetarianos. São pessoas estranhas que possuem hábitos alimentares esquisitos e que reinvidicam a omelete, a tosta de queijo, a compota de morango... enfim, alimentos que sempre fizeram parte da alimentação dos não vegetarianos. Toda a minha vida comi torradas e omeletes, e não sou vegetariano, e se cheguei a ser, seria certamente para impressionar miúdas!



Eu como animais, que por sua vez comem plantas. Nisso não vejo qualquer problema, trata-se da ordem natural das coisas. Admito porém que a carne antes de ter aquele aspecto suculento no prato passa por um tratamento que consiste em provocar muitas maldades nos pobres animaizinhos...



A questão que se levanta é a seguinte: Porque razão os vegetarianos tentam imitar a comida dos não vegetarianos? É ver hamburguers, francesinhas, salsichas, almondegas, rissóis... vegetarianos!!! Não concordo... E ainda nos tentam roubar as tostas de queijo!



Daqui a pouco surgirão sandes de coiratos vegetarianos... Será que os vegetarianos podem comer bolachas com forma de animais?