terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Nouvelle Vague em Guimarães

Este post apenas serve para comunicar que fui um dos presentes no concerto dos Nouvelle Vague que decorreu em Guimarães em Dezembro passado, aqui deixo um cheirinho do que lá se passou. A banda francesa, desde há muito uma das minhas favoritas, baseou a actuação a tocar covers, passando pelos inevitáveis e intemporais: Blue Monday dos New Order, The Killing Moon dos Echo & the Bunnymen, Heart of Glass dos Blondie, e mais uma dezenas de canções memoráveis.
Aqui fica um cheirinho, uma versão dos Joy Division: Love Will Tear Us Apart

terça-feira, 27 de novembro de 2007

O Regresso ao Café Caçador Parte II, Capítulo 1



Trata-se de um lugar nada convencional. Embora possua mesas, fregueses e um balcão, não se trata de um simples botequim! Uma abominação que visa provocar sensações distintas a quem lá passa, em todas as suas variantes, do mais tradicional às novas (antigas) tendências. Possui como principal objectivo proporcionar um poiso a criaturas esquivas, dotadas de estranhas pilosidades faciais, categoria na qual orgulhosamente me incluo.
Jesus ama todos nozes (castanhas)!









Noite de Nostalgia







segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Os marmanjos em volta do fogaréu

E lá passou mais uma noite, na orla do bosque que circula aquela lareira, labaredas encostadas aos bigodes, cheiro a castanhas a entranhar-se nas roupas, conversas parvas e inconsequentes a preencher o ar gélido que penetrava através de uma teimosa frincha. A gastar o tempo, apanhando com fumo nas ventas e aturando as discussões entre o Jorge e o Edgar, tragando um copo de um qualquer liquido reconfortante...
O Porco Vadio



Fui resgatado mesmo a tempo pelo Jorge, que penetrou através das labaredas dos bidons incandescentes que soltavam fagulhos gigantes e das cervejas bem geladinhas que deslizavam garganta abaixo. Tudo isto após ter descascado um sem número de castanhas impregnadas de larvas, esperando desse modo poder mordiscar um pouco do porco vadio, animal de porte mediano, com um alto teor de estupidez. Rebelde e mordaz nas suas palavras, boémio por natureza. Não cheguei a ver o porco, ficando sem saber (graças ao fabuloso resgate perpretado pelo Zé Jorge) se seria eu que estava na ementa, o que me estranha - não a parte do porco, mas sim a do vadio - pois já passei essa fase, pois agora dou preferência a ficar bem instalado minha casinha, aconchegado por umas belas pantufas... em vez de ir emborcar bagaço...

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Playlist desta semana



Helen Stellar - Io (This Time Around)
The Hollies - Jesus Was A Crossmaker
Elton John - My Father's Gun
The Organ - A Sudden Death
The Band - Mystery Train
The Organ – Brother
King Diamond - Black Horsemen
Spin Doctors - Jimmy Olsen's Blues
Alice Cooper - Generation Landslide
Sonic Youth - Rain King
Rachael Yamagata - Be Be Your Love
Pink – Dear Mr. President
Tegan & Sarah - Walking With A Ghost
The Shins – Caring Is Creepy
Jefferson Airplane - Somebody to Love
From Autumn to Ashes - Chloroform Perfume
GNR – Cais
Tindersticks - Travelling Light
Massive Attack - Inertia Creeps
Gorillaz - M1 A1
Morphine - Early to Bed
Dogs Die In Hot Cars - I Love You Cause I Have To
Cornershop - Norwegian Wood [This Bird Has Flown]
Mad Season - River of Deceit
Cher - Walking In Memphis
Kiss - Rock and Roll All Night
The Smashing Pumpkins – Drown
Couves com peixe no video clube sem cuecas. Então não!
Sem querer enfrentei o meu medo! Penetrei no Café Caçador

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Mais dois inquilinos descarados



Justamente na hora em que cheguei a acordo com o coelho de peluche sobre a ocupação do quarto (por acordo das três partes envolvidas a cama propriamente dita fica para mim e para a Mogambília, ficando ele com a cabeceira) me apareceram mais dois bonecos idiotas (o Stan e o Zorgon o Ovelha Destemido) reivindicando lugar na cama. Ok, admito que para o caro leitor tudo isto parecerá absurdo, mas na minha casa este tipo de situações são completamente banais. Os bonecos em causa, bem como o coelho atrás referido seguiram-me desde a casa dos meus pais até à humilde barraca onde agora vivo. Na residência anterior nunca demonstraram qualquer atitude mais fora do normal, só que agora exaltam-se, barafustam e reclamam por tudo e por nada.
Mais uma vez, após intermináveis negociações chegamos a acordo, tendo eu de abdicar de um punhado de sementes de abóbora e de três iogurtes (exigência feita pelos malvados) para os convencer de que a bordadura da janela seria por excelência o habitat perfeito para eles.
O meu maior medo é que apareça na minha casa a Diana, boneca que desde tenra idade me persegue… Chica!
A conspiração da palhinha



O drama tem vindo a pautar a minha existência enquanto descendente do macaco. O último está relacionado com a funcionária da limpeza, que durante a minha ausência procede à ingrata tarefa de limpar o meu gabinete. Gosto da sensação de lá chegar e constatar que alguém limpou o rasto de imundice por mim traçado. Só que esta semana tenho vivido um profundo tormento. No inicio da semana deixei na minha secretária um belo exemplar de pacote de leite achocolatado, cuja palhinha, ser frágil e desprotegido, caiu no abismo profundo, ficando alojada bem no meio do chão, ficando lá esquecida, até que a casta funcionária a enviou para o lixo auxiliada por uma eficaz varredura, incapacitando-me de bebericar o tão desejável liquido de tom acastanhado com o sabor exótico do chocolate. Quando no dia seguinte me preparava para degustar o pacotinho de leite constatei de novo a ausência da dita palhinha, instalando-se o pânico no meu retorcido intelecto. A solução por mim encontrada foi a de comprar um outro pacote de leite, bebe-lo e guardar a palhinha, permitindo-me assim beber o pacote original na manhã seguinte. Um susto de morte petrificou o meu semblante parvo ao reparar na ausência da… palhinha!
E assim vai a minha vida, agitada como o caraças…
As peúgas malaicas e teimosas



A Mogambília arreganhou os dentes e proferiu: Vês aquelas meias? São para dobrar e arrumar! Ao que respondi prontamente, enquanto palitava um dente: E quê? Tás à espera que elas se arrumem sozinhas? Foi aí que a porca torceu o rabo, o olhar lançado por ela; repleto de fagulhas flamejantes que me fez recuar e arrepender de tal ousada resposta. Baixei a cabeça, coloquei o rabo entre as pernas e lá fui, mudo e calado, em direcção ao estendal. Uma a uma as meias foram-se aglomerando.
Nunca na minha vida tinha estado tanto tempo frente a frente com as meias. Desde sempre que as uso, sim senhor, mas nunca parei para pensar nelas, mas sim, no quentinho que elas me proporcionam, dando mais importância às suas familiares: as cuecas. Com tudo isto entendo esta situação como o pagamento vingativo por ter ignorado estas criaturas felpudas.



Nesse mesmo dia aprendi a arte de dobrar as meias. Empreitada ingrata esta, a de dobrar meias! Vi-me forçado a pedir amparo à criatura que me tinha impingido tão execrável tarefa, miséria, foi o que foi; senti-me de volta ao ensino primário, sentado num daqueles minúsculos bancos, sentindo-me completamente estúpido face à minha incapacidade inata de dobrar as ditas peúgas! E ela, orgulhosamente a ostentar um riso cadavérico com um quê de canalhice. E ela lá me ensinou a arte de dobrar meias. O processo de aprendizagem tem sido duro e preenchido de processos tentativa/erro, onde de modo tosco lá as vou dobrando!

Para já o que me vai safando é esta informação, retirado do Google:

Como dobrar meias em 4 passos:
1. Pôr a meia do direito.
2. Mão dentro da meia.
3. Com essa mão prender um bocadinho do calcanhar.
4. Com a outra mão, agarrar na parte do elástico e passar para o outro lado.
(a mão que estava dentro da meia, miraculosamente, fica cá fora!)

Depois é colocar uma ao lado da outra e, usando a abertura feita, envolver a meia de fora, criando uma espécie de "bola".
A festa do Halloween, e a porra da ressaca



A festa esteve recheada de requinte e de degredo, se bem que o degredo ocupou todo o espaço. O som esteve a cargo do DJ Mogambílio, que com toda a sua mestria espelhou o tédio pela sala.



O anunciado concerto do agrupamento musical Anifernyen teve ali lugar, incendiando o ambiente com ódio, raiva e nojo. Cobrindo a audiência de uma aura negra e nebulosa. Nesta foto vemos o Luís, tocador de guitarra, arrepiando o público, assustando a plateia, deleitando os seus admiradores.



Outro elemento do agrupamento musical, também tocador de guitarra é o Diogo, sangue real nas veias e nervos de aço, dominando o seu instrumento, agarrando o público com a sua técnica, como se fizesse um amor à guitarra!




Enfim, a casa começa a ficar mais catita



Ainda mal me mudei e já o sacripanta do peluche (o coitado nem nome tem) já se instalou confortavelmente, reclamando só para si uma divisão inteira, nomeadamente o quarto. Tenho ainda um longo caminho de negociação com o mafarrico do boneco, eventualmente o quarto ficará apenas para mim e para a Mogambília. Para já dormimos os três na mesma cama, ficando ele no meio.



Obviamente que as primeiras compras para a residência oficial mogambiliana foram obtidas com o intuito de rechear o frigorifico. Nada como um monte de garrafas de cerveja para lhe dar um tom de alegria. Os pudins ajudam a completar o arsenal de porcarias que acabarei por ingerir, contrariando as insistentes indicações do médico, contribuindo assim para a minha satisfação em comer produtos ruins.



Os duendes aliados da estirpe mogambiliana não deixaram de dar apoio na execução de elaborados restauros em mobílias delicadas. O GM marcou presença, arregaçando as mangas e esfregando como se não houvesse amanhã.



Como se verifica nesta foto, o anfitrião pulava e recalcava, suando como um maluco, esfregando aqui, e esfregando ali. A limpar impurezas sem se cansar de olhar para o trabalho.



O duendes mogambilianos/GM não olharam as esforços. Para manter a privacidade destes indivíduos usarei nomes fictícios; Ricardo, Luís, Carlos, Natália e Ângela. Estes seres trabalharam sem parar, sob o olhar diabólico da Mogambília, que com um pau comprido os vergastava à medida que iam demonstrando fadiga.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Vai uma sopinha de abóbora?



O C.P.T. foi o local assombrado elegido pelas forças malignas que lá costumam pairar e rastejar. Num evento fomentado pelo próprio demónio, que ousa seguir a terrífica temática das abóboras, rechonchudas e com uma figura ridícula, vangloriando-se de uma vela parva, cravada nas vísceras! Tenham medo, procurem por lâminas nas bordas dos copos, veneno nas bebidas, serras eléctricas atrás das portas, perdigotos maléficos, peidos nauseabundos e aquelas coisinhas que arrancam olhos e vazam a vista!

Teremos então uma noite temática, com bruxas, fantasmas, videntes, espectros e vampiros! Um magnifico caldeirão mágico e fogo por todo o lado! Sem esquecer a música e os vídeos, que ficarão a cargo do mafarrico e tinhoso Dj Mogambílio, que deixará toda a gente com uma lágrima no canto do olho, a nostalgia invadirá a festa com cantigas de amor, belas baladas que falam sobre o amor, prisão intestinal, gonorreia, amor eterno e fracturas expostas.



Para o fim deixaremos a actuação dos Anifernyen, agrupamento musical dotado de um registo sonoro que roça o bem-querer da música romântica, tudo isto polvilhado com umas pepitas de black metal recheado de negrume, levando-nos a imaginar salões de baile, onde casais de meia idade dançam alegremente, enlaçados e néscios, saboreando o momento, a fazer mosh, crowd surf e levando a cabo rituais satânicos.

No local estará alocada uma banca onde será possível realizar pinturas faciais. E é isto meus amigos! Apareçam!
Anda lá, vai a Barcelos dar uma sopradela



Concerto de solidariedade, um sopro de esperança!

Com os Clã, Peste & Sida, Sérgio Lucas e a sua banda, e com o André Pimenta.



Dia 27 Outubro, no Pavilhão Municipal de Barcelos pelas 21 horas!

Organização: La Salle Barcelos, Sopro (Solidariedade e Promoção)

Entrada: 5 sopros

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

O rabo alapado na carpete da sala!

Comichão na nalga esquerda, cotão no umbigo e uma das orelhas a latejar, como traduzir isto? É bastante simples! Casa nova, não do Casanova galanteador debochado e emancipado que arrebatava as senhoras incautas! Não o Casanova que se pavoneava pelos bordéis londrinos em busca de rameiras. Falo sim da minha casa nova! Algo entre uma roulotte e uma barraca, escondida atrás de um bosque imenso rodeado por monstros.

Já vou na segunda noite na minha residência oficial, para trás ficou a saudosa casa dos papás, arrastando o cordão umbilical para um novo mundo, recheado de mistérios a desbravar! Indagações profundas relacionadas com fronhas, lençóis, máquinas de lavar, apliques diversos e artigos que preenchem o armário da casa de banho.

O que me veio salvar deste desterro auto imposto foi um velho rádio de ondas curtas, esta maravilha permite-me ouvir emissões radiofónicas transmitidas além-fronteiras, nada como ouvir uma emissora chinesa para depois rodar o botão e encontrar uma outra em russo ou mesmo em árabe enquanto preparo o jantar.



Só me senti realmente em casa quando entranhei o dvd do Justiceiro na ranhura e me arrebatei com as façanhas e adversidades do Michael Knight e do seu amigo Kitt. Os anos oitenta passaram por ali, os quilos de laca, os efeitos especiais assombrosos, e o carro que fala! A carpete serviu de amparo ao nalguedo, protegendo-o da tijoleira fria, enquanto arregalava o olho à medida que a acção se desenrolava, esperando a todo o momento a famosa frase imortalizada na tradução brasileira da Herbert Richers: Kitt, venha me pegar!

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Livros de cabeceira:



Este será o livro a ter em atenção, abandonando estes dois:



Estes dois, impregnados de sábio conhecimento, de técnicas ideais para formar um homem!

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Chave na mão! Será que cresci?



A minha vontade seria a de dizer bem alto estas palavras: marafona que esbarrigou! O mesmo que dizer: meretriz que desovou, ou até mesmo: rameira que expeliu, para não dizer puta que pariu (bem alto). Enfim, tudo isto proclamado num tom sério de desabafo. É incrível o peso que uma chave pode ter, não o peso da própria chave, mas o que ela representa: a minha casa, o que será o mesmo que atirar para longe os tempos luzidios do pagode, renegando a minha criancice e deixar-me entrar na idade adulta, ou lá o que isso seja.

E isto tem-me esfalfado o tino, num movimento cíclico, numa sequência estancada num exercício ágil e pateta que resulta num nó no cérebro, contraindo os intestinos e inchado as orelhas, bem como provocando arrepios na pélvis.

Mas o que mais me importuna é o caso de nunca mais poder fazer esta pergunta: Ó mãe? O que é o almoço?

terça-feira, 2 de outubro de 2007

20 músicas para hoje



Pulp – Joyriders
Yo La Tengo - 20th century boy
Twisted Sister - We're Not Gonna Take It
Thin Lizzy - Whiskey In The Jar
Rollins Band - Ghostrider
The Misfits - Last Caress
Muddy Waters - Mannish Boy
LA Guns - Never Enough
Fugazi – Turnover
frente! - Bizarre Love Triangle
Big Audio Dynamite - E=MC2
Gomez – Getting Better
Goran Bregovic - Ederlezi
Mr. Bungle - Pink Cigarette
Meat Puppets – Oh Me
Neil Young - Heart of Gold
Tegan & Sarah - Walking with a Ghost
Clash - Magnificient Seven
Nick Cave and P J Harvey - Henry Lee
De-Phazz - Something Special

Porquê? - Porque sim!
A sétima temporada de Smallville



Após alguns meses penando pela estreia da sétima temporada, eis que Smallville regressa, para que eu me possa refastelar, emocionar, agitar e rever as estupendas cachopas que por lá se laureiam, falo, claro pois, da Erica Durance, sem dúvida alguma a melhor Lois Lane de sempre, e a desarmante Lana Lang (Kristin Kreuk).

Foi com uma lágrima obstinada, que se recusava a abandonar o canto do meu olho esquerdo, que assisti intrépido e ordeiro ao desenrodilhar deste primeiro capítulo da saga do mancebo Super-homem. E agora, mais uma semana de espera…

É emoção a mais, e parafraseando o Gil, classifico esta série na secção: Já chorei ao ver isto…

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Finalmente ganhei coragem para ver este filme!



Sendo eu um tacanho sugador do universo do Super-Homem, não poderia passar sem ver este filme, sabendo à partida que seria uma extraordinária perda de tempo. O filme apanha a boleia do sucesso do famigerado super herói, narrando as aventuras da sua prima Kara-El, que viaja até ao nosso planeta, com o intento de resgatar o Omegaheadron, uma fonte de energia de Krypton. Até aí é tragável, chegando a roçar o burlesco quando esse objecto cai bem na frente da vilã do filme: Selena, uma bruxa malvada que, invariavelmente quer dominar o mundo…

Consegui seguir a narrativa, bocejando e estropiando-me, sobrevivendo à película que me espetava lenhos no cérebro já de si anormal.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

A toalha de papel



Uma toalha de papel, banhada pela embriaguez
Malga cheia, nunca desabitada, sempre a gotejar
Num ponto que me é habitual, um espaço vazio, só meu
Tragar uns copos, exaltar e terminar num pranto
Escolher o meu momento e regá-lo na malga
Desprender a vontade e ali ficar, parado
Retraído no degredo, mesa de pedra a segurar as orelhas
Do meu olho grela uma lágrima, pareço uma batata
Corto-me ao meio, saco o miolo, fico contente
Deixo-me cair, afago o bigode pendurado no chão
Amargo, invadido por uma comichão, mais um trago
Sorriso curvo estatelado nas beiças rosadas pelo vinho
Apenas uma pedra a servir de mesa, agarrando-me
Como o violeta insolente da malga afogada em incerteza
Abdico do padecimento tolo de que sofro, ou não!
O gregoriar, murmúrio que vem da garganta
Espalhando-se na mesa, no tecto, no chão
E por fim, na toalha de papel, sempre a toalha de papel...
10 músicas para hoje



Monster Magnet - Space Lord
Squeeze - Up the Junction
Marissa Nadler - No Surprises
Fleetwood Mac - Go Your Own Way
ACDC - Dirty Deeds
The Pierces - Boring
David Bowie - Rock 'N' Roll Suicide
Tool - Stinkfist
Black Sabbath - Electric Funeral
The Alan Parson´s Project - Eye In The Sky

Isto num dia em que até estou bem disposto... um bem haja!

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Num destes dias... escrevi isto...



Ao sentir uma hesitação em Cássio, Bidon avançou na sua argumentação. Dando incentivo e ânimo, oferecendo-lhe a liberdade e a honra que lhe havia sido tirada por Mellotron. Mellotron que lhe apertava o peito e que não o deixava respirar. Bidon quase implorava para que Cássio lhe entregasse a sua alma, renunciando assim, deste modo a Mellotron. Abanando-lhe a bandeira da vontade, do ser, da força. Mostrando-lhe a negrura fria de Mellotron, que lhe sugava a alma. Cássio estava agora situado em frente à grande janela da sala, pensativo e fechado em si mesmo, pensando no caminho a seguir, Bidon ou Mellotron?
A Batalha do Campo Grande



E assim começa o segundo volume do meu romance histórico:

A Batalha do Campo Grande, ocorrida no jardim com o mesmo nome, constituiu um dos acontecimentos mais decisivos da relação entre o jovem casal. O palácio ficava num primeiro andar, mesmo em frente ao local da batalha. Deste modo o destemido Cavaleiro manjava e pernoitava em casa. Sem esta guerra, o pequeno reino governado pela Princesa teria sido conquistado pelos espanhóis, muito provavelmente, pois eles ainda estavam de olho, tentando deitar ao nosso bem mais precioso: as colheres de pau com alças. O contributo da Princesa foi primordial, pois era ela quem, todos os dias, preparava cuidadosamente o farnel do líder da quezília que defendia o orgulho nacional. Uma sandes de atum e um iogurte, era o que alimentava o Cavaleiro, mantendo-o rijo e fisicamente apto para o duro embate com o seu histórico arqui-inimigo. O seu secular rival: Sujeito a Reboque, este malfeitor liderava o exército inimigo, numa batalha que por acaso não figura nos livros de história, mas que foi das mais marcantes da idade medianeira, algures entre a centúria de 1980 e 1983, altura em que o Cavaleiro adveio ao mundo, tal como o conhecemos hoje, aquando da sua ascensão, abandonando o engatinhar fugaz.
As fotos GM



A pedido de vários de vocês que vociferando, numa verborreia desenfreada, bramindo aos céus, implorando pelo CD das fotos GM, arremesso a colecção completa das imagens dos momentos que marcaram desde sempre, os eventos GM. Três edições alternativas: A Censurada, A Documentada e a Sem Coleira e Sem Vergonha, esta última dividida em dois discos; dois DVD's repletos de pérolas até então escondidas na ostra que representa um certo requinte de parvoíce em doses não recomendadas a pessoas normais.

Fotografias que remontam a 2003, quando ainda éramos pessoas muito pequeninas, e que chegam até 2007... Quem quiser que me dê uma apitadela!

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Terminar de espremer das férias



A celebrar o fim das férias:

Olha para mim
tou aqui à espera
coitado d'eu
a suspirar por um abraço
do calor do teu regaço
ok, até lá vou ali
ao café
beber um bagaço
enquanto pensas
que se solucionou tudo
estarei a palitar os dentes
e a escovar o bigode
no Frango Dourado
era o costume
o mesmo de sempre
um café com cheirinho
cheirinho bom
lá fico eu...

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Passatempo da Perdiz



Aqui estão armazenadas as pertinentes opiniões dos participantes neste passatempo idiota. Podem ter total confiança neste passatempo, pois eu asseguro o lugar de representante do Governo Civil. Podem confiar em mim e no meu discernimento, se isso embora, por vezes possa ser contornado...

http://painatal.fragmentized.net/index.htm

Anda lá, participa antes que o passatempo termine!

Aqui estão as respostas recebidas:

http://painatal.fragmentized.net/perdiz.htm

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Passatempo da Perdiz



O objectivo deste passatempo megalómano é o de lançar um impossível desafio, a missão de responder a esta questão:

Qual a esperança de vida da Perdiz?

O magnifico prémio será um pires de tremoços e uma bejeca!



Regulamento do Passatempo

• Este passatempo inicia-se a 11 de Julho e o prazo de envio das respostas termina quando me apetecer.

• Os resultados são apresentados quando me apetecer.

• Os vencedores são contactados por e-mail e anunciados em mogambilio.blogspot.com e em painatal.fragmentized.net.

• O prémio deverá ser levantado em local a combinar.

• Só serão consideradas válidas as respostas correctas, ou as que eu achar mais parvas.

• Cada utilizador só pode concorrer uma vez. As respostas duplicadas são anuladas, salvo terem sido submetidas por mim.

Ass: Mogambilio

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Viagem feita à parva, montanha acima



O Ricardo aparece para tomar café, e na sua posse, uma bela Ford Transit. Logo ali ficou agendada uma viagem exploratória para os lados do Gerês. Poucas coisas são tão saborosas como uma viagem de amigos, uma coisa de homens, onde podemos agir naturalmente, feios e porcos! E esta foi mais uma experiência em que partilhamos coisas de gajos, dando valentes pontapés no tédio e gozando a vida na condição de machos, de pêlo ao vento.
A carrinha, velha e rude serviu na perfeição, acomodamos o vinho na imponente bagageira e lá fomos nós, rumo à natureza, em busca de ursos e gaivotas nas verdejantes montanhas do Gerês.
Parvos e sorridentes demos inicia à viagem, desatentos à paisagem circundante, contemplando o ruminar das vacas e admirando a ausência de ursos.
Parecíamos ciganos, com a língua de fora, ondulando com o vento, a conversarmos sobre coisas inconsequentes, e uma ou outra vez sobre coisas verdadeiramente importantes, tais como a já referida ausência de ursos no Gerês, sobre o melhor método para refrescar o vinho uma vez chegados ao destino e principalmente sobre parvoíces.


(da esquerda para a direita: eu, o Jorge, o Pedro e o Ricardo)

Os quatros, para os quais darei nomes fictícios eram: Eu, o Jorge, o Pedro e o Ricardo. Estupidamente acordei encharcado em suor, acabando de sonhar que tinha sido criado num ninho de pardalecos mutantes, vestígios da noite anterior, que havia sido pesada. Nós os quatro na carrinha, como se fossemos guerrilheiros colombianos, ciganos feirantes ou mesmo até fugitivos da ira de um qualquer dono de uma cerejeira.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Livro de cabeceira: Trinity, de Leon Uris