terça-feira, 28 de junho de 2005

.
Os teus lábios de
Linhas melodiosas
Esmagaria com prazer
Teu corpo belo
Faria estremecer
E nessa noite
De loucura e amargura
Nessa noite de paixão
Por ti faria tudo
Tudo pela nossa união.

Pobre de mim, como me torturo, da minha dor já sinto compaixão
Como é belo e triste sofrer de amor…

Ver-te ao pé de mim passar sentir desejos de te abraçar e não te falar
Como é triste sentir o corpo estremecer, beijar outras bocas…
E só a tua querer.

Tento o impossível
Para que outras
Me agradem
E quantas
Quantas são belas
No entanto
O teu olhar
O teu sorrir
Faz a minha ferida abrir
Faz o meu coração sangrar

Dos meus olhos
Caiem lágrimas
Lágrimas de desespero
Lágrimas que a custo
Tento sufocar
Todavia esta paixão
É difícil de sanar

A saudade volta
Novamente escrevo
Pergunto a mim mesmo
Porquê, porque escrevo

Nem já procuro
Rima para os meus versos
Somente anoto palavras
Que não consigo sufocar
Escrevo à toa, loucamente
Por demasiado amar

Vê esta loucura
Como é possível
Existir tanta ternura
Por um ser que mal me falou

Seu olhar me persegue
Seu corpo me tortura
Esquecer?
Quanto tenho tentado

Não sofro de complexos
E mulheres vão surgindo
No entanto só a ela
Consegui ainda amar
Várias me atraem é certo
Mas só o corpo me agrada
E… tem graça
Eu dela
Não conheço quase nada
Sim
É certo
O seu pensar não conheço
Pois que dela
Só o corpo tenho visto

Mas
Não é este que me atrai
Eu sei
Tenho a absoluta certeza
Pois deste amor
Conheço a natureza

Gosto da tristeza
Adoro em mim o sofrimento
Não porque queira ser mártir
Mas porque sofrendo por ela
Sofro pelos que adoram

Obrigado
Por uma vez em tua vida
Me teres oferecido
A carícia de um olhar
.
...existes no meu desalento
A tua boca o teu cabelo o teu jeito
Mentalmente já são meus
Tomei-os com minha pertença.

Desejo-te, faz muito tempo, meu amor
Desejo-te em segredo
Não imaginas, amor
Não imaginas o que sofri.
Esquecer-te, não posso
Neste calvário, tão distante
Triste, estou triste
No meu olhar longínquo
Cheio de perfeita saudade.

Não pode ser
O desejo não morrerá
A chama não se extinguirá
Mas eu,
Muito triste
Vou passar o meu tempo
A pensar em ti
Preso em ti… sem te tocar.

Se me desejasses
Isto por que passo
E que eventualmente virei a passar
No teu regaço deixaria
As lágrimas
Presas, faz muito tempo
Caíssem livremente
Em honra a este amor.

Ó criatura que guardo cá dentro
Na torre dos meus devaneios
Ó criatura entre tantas, a escolhida
Notas a minha cruz
Notas o meu ardor?

(hein... tou parvo...)

És tão ligeira calorosa e pura tão bonita, uma linda figura.

Como fui parvo
Eu que sempre a conheci
Só tarde reparei
Que sempre a adorei
Desde o primeiro dia
Em que a vi

Olhando para ela
Vendo a sua transformação
Logo me enamorei
E todo o meu ser vibrou
Cego de louca paixão
Se um dia quiseres crer
Em todo o amor
Que brota do meu ser
Que de mim te enamorasses…

Com o fogo da paixão
E esta louca ilusão
Jamais permitiria
Que nosso amor terminasse.
Pelo teu carinho e calor
Passo noites a vaguear
A meditar no teu amor.

Oh… que importa
Duvido?
Não!
Não sei de nada
De nada quero saber
Só sei que te adoro
E que tu,
Tu me fazes sofrer

Que é isto, que amargura é esta, que de mim se aproxima?

Escuridão profunda se apodera do meu coração, será a triste realidade, a cruel desilusão?

Não!
Não é verdade
Não!
Não pode ser
Mas, se acaso é verdade
Quero, prefiro morrer
Amo!
Quero
Peço
Imploro
… Mas se o faço…
Não sei.

Outro irá possuir
Os teus lábios formosos?
E eu,
De longe os teus passos seguirei
Pelos jardins
Vou deambulando…
Na utópica esperança que imaginei.

Adeus caminho feliz, que para ti sonhei, adeus maravilhoso caminho...

Cruel e amargo foi o destino que a vida me deu, entregou-me um coração
que é teu...

Os anos vão passar e tudo será esquecido, mas esta paixão, a minha paixão
Nunca findará.

A não ser, que eu
Tiver para sempre desaparecido.
.
Fecho os meus olhos...
Espero que acabem
por se abrir na presença,
desta linda figura, onde encontro,
a tão esperada companhia.
Tenho a sua imagem gravada,
nunca esquecerei os seus beijos,
ao que chamei amor,
e que sem ele não sou nada.

Foda-se que este saíu lamechas como o caraças!!!

Perco os meus sentidos
Ganho uma nova sensação.
Serão os seus lábios?
Tenho de ver...
Vou ali e já venho :-)

segunda-feira, 27 de junho de 2005

Sonhar? Será que sim?

Sinto o seu cheiro
os seus dedos nos meus
criando desejo em mim
és encanto para mim...
será o caminho que esbocei
será o que tanto almejei?
seguir os meus dias
junto de ti!
apenas com a sua presença...
é um sonho imaginado
na minha infindável mente
tudo se torna lindo...
fazes luz na minha existência
a mais doce da minha essência
o vento que me afaga
a chuva que me refresca
o sol que me aquece
o nevoeiro que me abraça
a luz que me guia...
Já se faz tarde, tenho de ir
lá fora já escurece, entardece
preciso do aperto dos teus braços...
No chão
Longe do meu olhar
Não me viu
Passei de soslaio
Não me mexi
Fiquei quieto...
Até que a vi de novo
Olhei em redor
Incluída nesse olhar
Apenas para ela me notar
Desta vez foi na rua
Pela segunda vez
Ai que calor e impaciência
Talvez a sorte
Ela olhou-me
Suores frios
Olhar inflamado
Ela olhou para mim!
A sua voz era doce
Como te chamas?
Respondi pausadamente
Mas acabou por ficar para outra vez

quarta-feira, 15 de junho de 2005

Vénus

Ai Vénus...
que com os teus ciclos
tornas a minha vida
num inferno vivo
Sete são os ciclos
que me tormentam.
Cada um com oito anos!
Ai, tanta fustração,
nunca um agoiro...
fora tão malfadado
choro por dentro...
falta-me o ardor
a vontade...
ai! a vontade!
Essa vontade fugaz
e contagiante...
Das mulheres,
nada quero...
não posso...
Não levanta!
Raios te fodam,
Agoirento de merda...
Ano e meio se passou...
e eu... nada...
frouxo como uma alface...
falta a energia
a virilidade.
Ai, a fustração sexual
a que me destinaram...
ai que destino... o meu
62 anos e meio me faltam
ai, que cruz terei eu de carregar...
vou-me matar... a mim mesmo
com as minhas próprias mãos,
é a solução
para esta minha fustração!
Ode gay dedicada ao Ruizinho



Ruizinho, meu amor
Eu sei que sou preto
e peludo
Mas ardo de desejo por ti
Fazes-me sentir
como um anjo!
A paixão é ardente...
Por ti, meu amor.
Sonho contigo à noite
Vejo-te de pijama de mulher
e de pantufas ridiculas
Ai, meu amor, como suspiro
Suores frios correm nas curvas
gordurosas das minhas beiças!
Um tique nervoso
faz com que o meu olho trema
sempre que te vê!
Ai, meu amor
meu fofinho
minha chama,
meu fósforo...
acendes em mim...
o desejo
de te amar!
Quero que morras!
Sim.
Que morras...
Mas não de uma morte qualquer!
Algo horrível...
Ai, meu amor...
Oxalá Vénus te enrabe
e que gostes...
Ai meu amor...
Tenho calores...
Ai, meu amor.
penso em ti,
sensível e com gosto,
presente e que ama.
um ser virginal e às vezes infantil,
que sabe rir e chorar
penso em ti,
uma pessoa que seja amiga
e que possa ser cúmplice.
a companhia para todo o sempre
e uma amante excepcional!
penso em ti,
ser romântico,
que passeia de mãos dadas.
que sabe apreciar a paixão
que gosta de sonhar nas noites de luar.
penso em ti,
ser sensível,
que gosta de ver filmes,
deitada no sofá
e que se emociona no fim.
penso em ti,
minha amante,
que gosta de namorar e adora beijar.
que vive todos os momentos
como que se fossem únicos
e que na cama faz...
como que na primeira vez.
penso em ti!
em algum lugar deves estar.
guardo o meu amor só para ti.
pronto para recomeçar.
e se esse dia chegar,
espero que com um olhar,
te possa dizer: Estava á tua espera,
preciso do teu amor!
o escuro

sem luz
assustado
cheio de dúvidas
se a mente não pára
no negro da noite
se a luz desaparece?
na escuridão da nossa existência!
da nossa condição
a luz não me afecta
o escuro sim, e muito
mas até gosto dele
mas nem sempre
mas assusto-me!
tenho receio
de quê? afinal?
não sei...
sem luz me vejo só
mas até gosto...
o amor

sem medo
a sonhar... longe
pleno de amor
se o sentimento vai e vem
não sei... imagino
penso nisso
deixo-me levar
vivo esse amor
a cerimónia da ilusão que em nós vive
lembro-me de coisas passadas
recordo todo o pormenor
guardo dentro de mim...
com medo do que há-de vir... ou não
não tenho razões para isso!
a vida sorri
e se o amor se apaga?
não acredito...
o amor?
Tenho medo...
o cão



sem fome
a roer um osso
cheio de carne
se o osso do cão se apaga
no mistério que o cão vive
se o cão fica sem o osso
na fome de cão do cão
da cor do osso que come
a carne que vive no osso
do focinho que come o cão
e o cio do outro cão
o cão a comer outro cão
com medo do cão que ladra
é o cão assustado com outro cão
se a fome acaba na boca,
e se no osso a fome se apaga,
sem osso me vejo um cão,
nem assim deixarei de ser um cão
O segredo está nu cú! Isto é, se o deres a alguém!

Eu sabia. Eu sempre disse que o que move o mundo é o cú. Tudo se resume
à falta ou excesso de cú. Queres gravar um cd e vender milhões? Tens de dar o cú. Queres fazer um programa de televisão e ter audiência? O cú! Queres vender cerveja? Chama o cú! Sucesso na rádio? Fala sobre cús! Queres manter o teu emprego seguro? Proteje o cú! Fizeste merda? Faz cara de cú...

terça-feira, 14 de junho de 2005

No domingo fui ás festas de santo antónio, aquilo é uma merda, o que vale é que as bifanas até nem estavam muito mal. Entre um cheiro nauseabundo a sardinhas que se entranhava em tudo o que era sitio, e uma vontade de me suicidar ficava a ideia de regressar ao norte! Sim, já desisti de conquistar a mouraria, vou ver é se a consigo vender a espanha ou a algum país do norte de áfrica! Aquilo tá cheio de personagens... nunca me esquecerei da imagem do perfeito benfiquista parolo no metro... argh!
Fui passar o feriado prolongado do 10 de junho a lisboa. Fui ter com a Mogambilia. Foram uns dias bem complicados... Ora bem, sem comentários sobre esta semana...
Eu estava... Foram uns dias estranhos... os primeiros como o aço... o resto assim assim, relaxados, pachorrentos, embora repletos de episódios férteis em degredo.

Essa semana que agora começa também é a semana das lembranças estranhas...
Sonhei com coelhos pequenos no nariz... Pensei muito nos coelhos, quer dizer, eu não paro de pensar nos coelhos a entrarem no meu nariz... em tudo com uma sensação estranha, como se eu estivesse a emancipar com eles... Não sei se isso tem alguma coisa a ver com ser segunda feira... Sei lá... Está muito estranho...
Estou a ter um dia gay (ou apaixonado)... apetece-me apenas ouvir musicas lamechas, lindas, que celebram o amor... que nos deixam deleitados e entregues a uma agradável sensação...

Aqui vai a playlist que vai rolar o dia todo:

The Stone Roses - Ten Storey Love Song
Kiss - I Was Made For Loving You
Stereophonics - Not Up To You
Motley Crue - Without You
Led Zeppelin - All My Love
Damien Rice - The Blower's Daughter
Ozzy Osbourne - I Just Want You
Cat Stevens - Sitting
Nine Inch Nails - Were In This Together Now
Kiss - Beth
Violent Femmes - Prove My Love To You
Dire Straits - Expresso Love
Echo and the Bunnymen - Lips Like Sugar
Pedro Abrunhosa - Eu Nunca te Perdi
José Cid - Recordar é Viver
The Stills - Still In Love Song
The Veils - The Leavers Dance
Semisonic - Secret Smile
Kiss - Every Time I Look At You
Ozzy Osbourne - Dreamer
Dire Straits - Romeo And Juliet
Coldplay - The Scientist
Stone Temple Pilots - Sour Girl
Paul Westerberg - Dyslexic Heart
Nina Simone - Feeling Good
Beatles - Let It Be
Van Halen - When Its Love
Mercury Rev - Endlessly
Meatloaf - Anything for Love
The Cult - Painted On My Heart
Blur - Tender
The Datsuns - In Love
Tori Amos - Smells Like Teen Spirit
Hole - Northern Star
Patti Smith - Because the Night
Poison - Every Rose Has Its Thorn
Nick Cave - Straight to You
Europe - Carrie
O Anda-Quim?

O Anakin Skywalker (Anda Quim?) tornou-se no Darth Vader por causa do Amor, Ah... o Amor (suspiro!)esta cena que é capaz de trazerao de cima o que há de melhor e de pior dentro de nós. Porque o Amor fomenta o medo de perdermos o que temos de mais precioso, e serve de álibi-justificativa para os actos mais vis e nobres cometidos neste mundo. Não à toa, um dos conselhos que o Mestre Yoda ministra a Anakin diz respeito à necessidade que um Jedi possui de se despegar das coisas amadas, uma vez que emoções só trazem sofrimento. Mas, impulsivo e passional como todo jovem apaixonado, Anakin está-se a cagar para tais palavras. O resultado: na tentativa de salvar a vida da Padmé, o pai do Luke e da Leia acaba por sucumbir ao Lado Negro da Força. Não curto o Anda-Quim Skywalker... é muito gay... homem que é homem ia logo para o Lado Negro e cagava nas gajas!
O sonho, ou: os coelhos sugadores de ranho

Esta noite sonhei que tava deitado na minha cama, enquanto pequenos coelhos me entravam pelo nariz. Ao saírem, vinham cheios de ranho, passaram do estado de 'fofinhos' para o de 'ranhosos'. Saboreavam o meu muco nasal e faziam-me cócegas. Até que espirrei e projectei-os contra a parede... Coitadinhos... Tanto sangue!

Por vezes tenho sonhos destes, é recorrente. O problema é que sinto uma espécie de excitação e prazer ao sonhar com coelhos! Serei normal?

quarta-feira, 8 de junho de 2005

O meu cãozito já está a ser treinado! O amendoím revelou ser um incentivo para o treino. Para já o estúpido só se senta... É ver-me dizer: Penico! Senta... e não é que ele se senta mesmo! O raio do animal passa a vida a montar os peluches da minha irmã, a lamber sabão na casa de banho, a cagar na sala, a focinhar no caixote do lixo e a tentar saltar para o sofá. É um desespero... mas é um anjo em relação ao meu outro cão... o Becker, o Rottweiler... ele não gosta de mim... snif
Aos leitores assiduos deste blog, antes de mais nada, aceitem o meu pedido de desculpas. A absoluta falta de tempo e uma certa dose de decepção com a conjectura tanto nacional como internacional anda a estancar a veia literária que eu exponho neste espaço. Por isso, mesmo contra a minha vontade, não garanto nenhuma atualização diária do blog, excepção feita, talvez, quando morrer...
Pensamento...

Se na Rússia faz tanto frio, porque então existe lá praia? E se no Alentejo faz tanto calor, porque não temos lá? Desperdício!

Peço desculpa... até eu me apercebi da cagada que representa este pensamento palerma.
Faz muito... muito tempo... coisas do Passado

Lembrei-e que antes do Napster e do Kazaa (mas muito antes), eu gravava a música que tocava no rádio. A fita ficava sempre preparada para a hora que tocasse o que eu mais queria ouvir. Então eu tentava sintonizar a rádio da melhor forma possível e ficava a rezar para nenhum locutor chato atrapalhar a minha gravação com aquelas falas inconvenientes durante a música. Depois vinha a parte da edição e pronto, eu tinha uma miscelânia gravada da forma mais arcaica do mundo. Complicado? Ainda bem que existe essa tal modernidade...
Caro Adriano, infelizmente de momento, não me é possível aqui no blog meter a foto da maria. Quando fôr possível avisarei.

Até sempre!
Tributo a um grande homem...

Quero agradecer ao José Cid, esse grande maluco. Um dos meus heróis que me enche a alma sempre que o ouço.

Aqui vai uma pérola:

Naquele tempo
tu vinhas de noite
á procura de amor
e eu fumando um cigarro
esperava por ti
quando chegavas
abrias a porta sem me avisar
pela noite fora
ficavas abraçada a mim
na cabana junto á praia
entre as dunas e os canaviais
só o vento e o mar
e as gaivotas falam desse amor
todos os anos
eu volto em agosto
ao mesmo lugar
já uma era
cobriu as janelas do quarto
dava dez anos
de vida para ter ver voltar
posso estar farto
de tuso mas nunca me afasto
Ode a um grande amor!

as melodias do mundo cantam: Argh!

E assim... é um grande amor!