sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Os Reis Magos, em busca do Xiripiti



Segundo vi na Internet, o Zé Jorge em tempos escondeu uma garrafa de xiripiti; eis que vieram os Reis Mongos, vindos dos reinos de Pedome, Pevidém e de Vermil, perguntando aos sete ventos: ‘Onde raio está o xiripiti, recém aberto? ‘ Com efeito, vimos uma luz, a luz da estrela no Oriente, e viemos bebê-lo.



Nesta segunda grande peregrinação arranjamos mais um Rei Mago, curiosamente, e em resposta à Inês: nenhum deles era preto. Eu, o Ricardo e o Pedro, todos brancos, preto talvez o Zé Jorge, mas por ele ser o anfitrião e o detentor da garrafa de xiripiti assumiu o papel do Rei Herodes. O papel de Menino Jesus ficou entregue ao tio do Zé Jorge, pela surpresa que causou a sua aparição. As oferendas amavelmente cedidas pelos Reis Magos foram: Um pires de amendoins, uma garrafa de vinho da Madeira e um pedaço de bolo-rei. Nada mau para passar uma noite de adoração a uma santa garrafa…

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Cá está o novo inquilino



Neste vídeo é possível assistir aos estranhos hábitos deste monstro marinho. Tenham cuidado... muito cuidado...

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Um novo amiguinho



Dos confins profundos e inóspitos deste nosso planeta chegou até mim este estranho ser. Graças à bondade da Manuela, que mo ofereceu.

Bicho aquático de rudes feições e de forma esguia. Diz quem vendeu que se trata de uma enguia de reduzidas dimensões. Nunca na vida tinha visto algo assim. Feio, o rapaz, mas muito simpático.



Por ser fêmea optei pelo nome de Mogambilia, por certo o bicho gostará, e é ver agora, o meu gabinete, que antes disto já era denominado de 'Sala Vasco da Gama', se torna agora na 'Sala Cabo das Tormentas', tudo por causa deste inquilino bicho/monstro...



Quero opiniões sobre o meu novo amigo...
Três anos num piscar de olhos



É como te digo... e fico-me por aqui; a quem o dizes! Pois, pois, é o que dizes a todas. Sem rodeios o tempo passa, transformando-nos, por ora nem bem nem mal, apenas como o sabe fazer, passando por nós como se nada fosse. Sendo só por si algo que passa a vida a passar, e durante três longos anos, que a pouco me souberam, foi por nós passando, e nós a vê-lo passar. Passa que passa, o tempo. Tempo de mudança. Tempo disto e tempo daquilo. Sempre o tempo a condicionar. Sempre o tempo a construir, sempre o tempo a deixar a sua marca em nós...



E assim se passou mais um ano, que somado aos dois anterior se faz três. Desculpa lá tempo, mas fintar-te-ei enquanto puder, muitos anos virão, e tu, a passar por nós...

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Telefonema celestial



Jesus ama todos os homens, embora nutra de um especial carinho pelo nosso amigo Zé Jorge. Só que este o renega. Por certo que é estranha esta atitute, pois muita gente não acredita em Jesus. Só que este liga ao Jorge, mesmo assim ele não crê! Mesmo conhecendo-o, mesmo tendo o seu número de telefone... Pedro negou três vezes, o Jorge já deverá ter negado umas novecentas e trinta vezes...
Mais uma noite de pavor



Os coelhos voltaram a importunar os meus sonhos, apareceram pela calada da noite enquanto eu dormia descansada e relachadamente, refastelado, de pernas abertas, soltando roncos que ecoavam no silêncio da noite. Aqueles seres felpudos e fofos, detentores dos meus maiores receios, munidos de instrumentos pontiagudos, que subiam pelo meu nariz. E eu ali, inerte, anestesiado pelo medo, soltando apenas alguns gemidos surdos. Entravam-me pela boca e lá ficavam. Horas e horas lá ficaram, os coelhos. Acabando por sair pelas orelhas, provocando-me arrepios. Porquê coelhos? Porque me fazem mal? Roem-me o buço e lambem-me o pescoço, mordiscam-me a cartilhagem da orelha. Arranham-me a nuca… Grande porra de coelhos. Acordo no sonho, desperto, embora continue a dormir. Ajo como se de um caçador me tratasse. Os malditos penetram-me nos olhos que soltam lágrimas de raiva. Aponto a arma a um. Coloco-o na mira, disparo. Recuso o disparo. Não tenho coragem de matar o pobre animal. Ele sente a minha fraqueza. Olha-me nos olhos. Olhos pequenos e tingidos de encarnado. Faz sinal aos outros. Olham para mim e retiram-se, deixam-me sozinho no meu quarto. Como que por magia desaparecem. O meu olhar deambula pela escuridão quando acordo...

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Passaporte para o Inferno



A intriga e o mistério povoam este policial. Nada como uns casos por resolver para captar a minha atenção, para me entreter durante estas noites em que só me apetece ficar juntinho ao aquecedor, a comer como um alarve, envolto numa crise de anciedade.

Neste romance encontrei um desafio, um enigma que me desconcerta, o qual tentarei resolver antes de folhear as últimas páginas do livro...

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Queria ter ficado ali, maravilhado



É como te digo: foi o que te disse. E tu, sorriste e calaste-me com um beijo. Desarmaste-me com o olhar e seguraste-me com ambas as mãos. Deitados na cama, juntos. Alheios a tudo, alheios aos sonhos, alheios ao momento. Cúmplices entre si, de cabeças unidas, corpos colados… e ali ficaram olhando-se de olhos fechados, palmas das mãos entrelaçadas, parados no tempo. Dois corpos ali, confidentes, dispostos lado a lado. Os olhos que não viam, mãos que não tocavam. Admiravam apenas, para que não ficassem sozinhos, para que não ficassem um sem o outro. O abrigo em que eles se recolheram, recusando fugir, entregando-se. O silêncio que se desfaz, o som que não se ouve. As sombras firmadas no branco do lençol, criando figuras gentis, que se vão deformando. O dedos que se desviam, os lábios que adormecem no jogo dos corpos… E a música a tocar...

If I lay here
If I just lay here
Would you lie with me and just forget the world?

I don't quite know
How to say
How I feel

Those three words
Are said too much
They're not enough


Snow Patrol - Chasing Cars
Agostinho da Silva - Relexão



Trata-se um ensaio sobre a filosofia da História portuguesa, o seu sentido histórico face a um povo que se transcende.

O que Portugal fez de maior no mundo não foi nem o descobrimento, nem a conquista, nem a formação de nações ultramarinas: foi o ter resistido a Castela. O ter mantido, através de sangue e fogo, o princípio de independência dos povos periféricos. E o ter mostrado… de que modo uma Espanha livre e convivente poderia ter transformado a face do mundo”.

Reflecte a importância da batalha de Aljubarrota, que nos manteve a esperança. Reflecte a Saudade, e a outra característica deste povo; a Acção.

Nesta viagem Sul-Norte, deitado num banco, isolado na solidão de um autocarro, li e meditei, entreguei-me à leitura deste ensaio, e quando me dei conta, era já tarde demais, tinha chegado à última página. Uma boa experiência de leitura.
Regabofe em Lisboa



E foi naquela casa acolhedora, repleta de calor humano, que fui cair naquela noite fria de sexta-feira. Musica nos ouvidos, cerveja no bucho e conversa interminável, saltando entre temas, entre histórias, entre assuntos, nunca terminando, ora elevando-se na sua profundidade, ora atingindo um patamar mediano. O natal foi o mote para que dezasseis pessoas se reunissem, e partilhassem um belo prato de massa.







E foi assim, entre amigos que passei um dos melhores serões, na noite lisboeta. E por causa deles ficou um enorme desejo de voltar, regressar num qualquer dia, a qualquer hora.
O palco da Mogambilia



Neste fim-de-semana fui em missão de reconhecimento à mouraria. Com o objectivo de estudar a sua triste realidade. Desloquei-me movido pela curiosidade de observar uma população em vias de desenvolvimento.

Esta visita incluiu uma ida ao teatro, onde estreava a peça 100 ideias, um espectáculo com legendas, no qual participou a Mogambília. Ok, eu confesso que esse foi o motivo primordial da minha modesta incursão além Douro…

Uma peça sem falas, sem diálogos. Apenas e só o som, que me tocou nos sentidos, vencendo a longa distância entre os actores e eu, criando no entanto, uma enorme barreira invisível. Nascendo em mim sensações diversas, fazendo-me sonhar, comover, sorrir. Dominando-me durante o tempo da actuação. Levando os meus sentidos a acordar. Cheirar. Ver. Sentir. Ouvir. Saborear. E o tempo da peça passou, passou e deixou-me a pensar, a ver, em busca de um sentido. De olhos sempre empenhados na actuação da Mogambília, que pela primeira vez se estreia em palco, com os olhos expostos a uma multidão atenta. Tudo o que queria ali, era um comando, para que pudesse voltar atrás, sempre que quisesse, sempre que me apetecesse, para depois, puxar à frente, e gravar, para que mais tarde visionasse aquele momento em que senti uma profunda alegria. Um puro sentimento de orgulho.

Parabéns Eliana, a artista do norte, numa terra de mouros. Onde representas também o papel de guardiã dos costumes minhotos, o profundo orgulho nortenho.

domingo, 10 de dezembro de 2006

Beber ou não beber...



Eis o cerne da questão, com a qual me deparei na casa da Brena: Quinze litros de sangria, quinze litros de bem estar, de alegria. San-gria, como diziam os antigos, sãogria, como dizemos no norte... enfim... em caso dúvida é para beber. E eu bebi, timidamente, observando a corrente de gente que chegava. Gente desconhecida que logo se tornou íntima... gente que sabe acolher.

sábado, 9 de dezembro de 2006

Degredo em Lisboa



Olá Juliana, ou, já tenho onde dormir quando for ao Fojo. Bem no meio do quarto da Eliana descobri uma verdadeira nortenha, que partilha comigo um desprazer no que respeita à cidade de Lisboa; cidade de estranhos hábitos. Um ser oriundo de Fão, que me compreende face ao Meat Loaf. De semblante intermitente, tanto aparecia como desaparecia. O seu sotaque, denunciou logo a sua origem, fazendo-me sentir bem naquela terra, naquela cidade, naquela amalgama desenfreada, na Lisboa que não entendo...

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Borat, o filme



Borat, um importante repórter da Televisão do Cazaquistão, é enviado aos Estados Unidos da América para fazer um documentário sobre o maior País do mundo. Antes da ida ao cinema não sabia em que linhas se cosia o filme, sempre julguei que se tratava duma paródia ao Cazaquistão, mas não, trata-se de uma humilhação à América. Gozando-dos através do seu ridiculo. O interprete consegue expôr os podres dos pseudo-civilizados. O fanatismo religioso, o racismo e outros defeitos tipicamente americanos. É um filme francamente inteligente, acutilante que chegou por vezes, a ser brilhante. Encarei a personagem e a narrativa não como comédia, mas sim como uma ironia engraçada... A verdade é que saí da sala com um sorriso estampado...
Livro: A Condessa Sanguinária



Nascida em 1560 era considerada uma das mulheres mais belas da altura. Poderia ser, mas a sua aparência exterior não revelava muito da sua aparência interior.
Elizabeth era uma sanguinária por natureza e há quem diga que assim o era devido a traumas de infância (o autor deste texto não conseguiu apurar a veracidade desta afirmação).
Casou muito nova, apenas com o conde Ferencz Nadasdy de quem teve três filhos.
O conde era uma guerreiro conhecido e respeitado e como tal estava constantemente em guerras fora do seu castelo e da sua terra.
Aproveitando tal facto e talvez por se sentir sozinha, Elizabeth começou então a buscar prazeres noutros lados.
As influências foram surgindo da parte da sua tia, uma lésbica muito conhecida na altura e a partir daí, Elizabeth começou a partilhar o mesmo gosto por esse tipo de aventuras. Participava em várias orgias organizadas pela sua tia.
Recebeu também muitas influências da parte de criados seus que praticavam as artes da magia negra.


Não preciso justificar o meu entusiasmo por esta personagem histórica, a 'princesa' da Transilvânia. A parte inicial do livro torna-se um pouco chata, muito biográfica, focando as suas ramificações familiares, descendências, ascendências e um fartazote de outras coisas mais... A meio do livro, onde eu vou, começam os relatos das barbaridades levadas a cabo por esta mente sedenta de sangue, idealista da beleza eterna...
Batendo o pé ao Mr. Danger



É com um misto de orgulho e preocupação que leio o resultado eleitoral do país que teve o desprazer de me ver nascer. A Venezuela, que é também um (ou até mesmo o principal) opositor dos Estados Unidos da América, viu-me nascer, tratando logo da minha extradição por razões de segurança nacional e de higiene pública...

You are a donkey, Mr. Danger, you are a donkey, Mr. Bush Foi este o comentário feito por Hugo Chavez, presidente que após estas eleições prometeu alterar a lei eleitoral daquele país, de modo a que fique no poder até quando lhe apetecer, impedindo novas eleições.

Entretanto lá vai batendo o pé ao George W. Bush, apelidando-do de macaco, burro, diabo, bebado, ditador...

E assim vai o país onde nasci...