terça-feira, 31 de outubro de 2006

I Am a Sex Addict



Não, não se trata de uma afirmação; não é a mim que me refiro. Em boa verdade sou um deles, e quem não é um tarado, se é que me é permitido questionar...

Ainda não acabei de ver o filme mas estou gostar. É uma comédia autobiográfica do realizador Caveh Zahedi, reconstruindo os seus dez anos de luta contra o vicio do sexo. Um vicio sacana (ora pois).
Trick or treat



Eis chegada a noite dos mortos vivos, a noite das bruxas, o que lhe queiram chamar. Não sei o que fazer... Três convites para sair e um jantar. O jantar está certo, mas em relação ao resto da noite... tudo em aberto. Quem sabe se ficarei a caçar bruxas no quentinho da minha cama, ou que me fantasie de criatura sedenta de sangue... Vamos lá ver no que dá!

segunda-feira, 30 de outubro de 2006

Regresso do Futebol fantástico



O desporto rei, que de repente se transforma num espectáculo não muito belo. Insultos ao árbitro, adeptos gesticulando ao mesmo tempo que seguram uma garrafa de cerveja e fumam coisas que fazem rir.

Não existe o minimo respeito pelo futebol amador. O jogo disputado neste sábado foi entre a Associação Desportiva de Pedome e a Associação Cultural e Recreativa de Avidos. O resultado ficou-se por 7-4, vencendo a equipa forasteira (Pedome).

A magia da bola, numa tarde solarenga em que as emoções estiveram ao rubro. O presidente da ADEPE (Pedome) foi o primeiro a insultar o juiz da partida, que fazia ouvidos moucos à assistência que tantos impropérios lhe dirigia...
Artes em Partes



Na noite de sexta o Zé Jorge e a Mi pegaram em mim e na Eliana. Um belo passeio foi o resultado. Os arredores da cidade do Porto foram o nosso caminho deambulante em busca do Artes em Partes. Após nos termos perdido, eis que nos encontramos bem no meio da cidade, daí até ao local de destino foram apenas mais uma voltas cegas. O local é bem prazenteiro, agradavel, e só por si relaxante. Lá ficamos na conversa, bebericando uns belos chás orientais. Fica a promessa de lá voltar.

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

O que é ser informático? (recebido por mail...)



Ser informático é:

- Trabalhar fora de horas (como as putas)
- Pagam-nos para fazer o cliente feliz (como as putas)
- O cliente às vezes até paga muito, mas o nosso patrão fica com quase tudo (como as putas)
- O nosso trabalho vai sempre além do expediente (como as putas)
- Somos recompensados por realizar as fantasias do cliente (como as putas)
- Os nossos amigos distanciam-se e só andamos com outros iguais a nós (como as putas)
- Quando vamos ao encontro do cliente temos que estar sempre apresentáveis (como as putas)
- Mas quando voltamos parecemos saídos do Inferno (como as putas)
- O cliente quer sempre pagar menos e que façamos maravilhas (como as putas)
- Quando nos perguntam em que é que trabalhamos, temos dificuldade em explicar (como as putas)
- Se as coisas dão errado é sempre culpa nossa (como as putas)
- Todos os dias ao acordar dizemos: "NÃO VOU PASSAR O RESTO DA VIDA NISTO" (como as putas)
Art School Confidential



Mais um filme proporcionado por uma noite chuvosa, daquelas em que não apetece sair de casa.

Este filme foi o escolhido, simplesmente por ter sido realizado pelo Terry Zwigoff, o responsável por um dos meus filmes preferidos de sempre: Ghost World.

Neste Art School Confidential, a acção volta-se para o universo dos adolescentes, dos jovens que não se enquadram nos normais padrões da sociedade. E para isso o cenário ideal é o de uma escola de artes... Merece ser visto com atenção.

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Única opção: Caixa Mágica 10



Que é que eu fui fazer! (sempre é melhor do que o windows) Habia de haber alguém que me acertasse com um pau de diospireiro na cornadura - Disse eu após ter iniciado a instalação do linux tuga, o Caixa Mágica. A minha sorte é a de que o portátil, sendo muito modesto nas suas capacidades que respeitam ao hardware, não me permitiu a instalação...
Mozart and the Whale



É sem qualquer tipo de dúvida um grande, grande filme... Um filme a não perder que conta com a excelente prestação de um dos meninos bonitos de Hollywood (Josh Hartnett), que faz papel que me surpreendeu... e muito! Tenho seguido a carreira dele e tenho adorado os filmes em que ele entra.

Uma bela história de amor como outras tantas, entre Isabella e Donald, o que os aproxima é também o que os mantém longe um do outro. Isabella é directa e agressiva, Donald tende a resguardar-se, refugia-se nas suas rotinas e pelo fascínio viciante dos números. Uma história sobre amor e autismo. Até que ponto a sociedade interfere nestes personagens.

Um belo filme, cujo titulo entre nós foi muito mal traduzido - Loucos e Apaixonados - o que sugere uma qualquer comédia romantica, o que não poderia estar mais errado...
Chuva



A seu tempo a chuva parou
Nuvens suspensas
Flutuo na água
A água parou
Adormeço no sonho
Perco-me na corrente
Respiro fundo e finjo
Finjo que ainda lá estou
Lá fora, na janela
A chuva cai
Rápida e delicadamente
Do inicio ao fim
Do mundo
E eu inanimado, morto
Olhando de perto
As pingas que ferem
Que vagueiam, que curam
Que me constipam…
Euro 2004 - Amor e Futebol



Razoávelmente mau, este filme. Rodado em Lisboa durante o Europeu de Futebol, fala de um fervoso adepto inglês que marca a viagem de lua de mel para Portugal, de modo a assistir aos jogos da selecção inglesa às escondidas da companheira...

O que vale a pena é ver a qualidade com que cidades como Coimbra, Sintra e Lisboa foram filmadas...
Ubuntu



O meu maravilhoso companheiro de escrita, o fiel portátil está velhinho. Embora me recuse terminantemente a trocá-lo por um novo, pois ele ainda tem muito para dar, ele esgota-me o tempo... A sua lentidão desmedida levou-me a desinstalar o Windows 98 e adoptar a nova geração de Linux, o eleito foi o Ubuntu, um sistema atractivo, agradável e cultural. A sua instalação permitiria que eu usufruísse da minha torradeira. Comecei a instalação... vamos lá ver no que dá...
Damien Rice & Lisa Hannigan - Desafinado



Se você disser que eu desafino amor
Saiba que isso em mim
provoca imensa dor
Só privilegiados têm ouvido igual ao seu
Eu possuo apenas o que Deus me deu
Se você insiste
em classificar
Meu comportamento de anti-musical
Eu mesmo mentindo devo argumentar
Que isto é bossa-nova, isto
é muito natural
O que você não sabe nem sequer pressente
É que os desafinados também têm um coração

Fotografei você na minha Roleiflex
Revelou-se a sua
enorme ingratidão
Só não poderá falar assim do meu amor
Que é o maior que você pode encontrar
Você com sua música
esqueceu o principal
Que no peito dos desafinados
No fundo do peito bate calado
Que no peito dos desafinados
Também bate um coração

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

A Interpretação dos Sonhos



Qual o verdadeiro significado dos sonhos? Porque sonho com atuns e coelhos? Será que decifrando os meus sonhos, me reconhecerei intimamente?

Essa é uma das razões que me levou a ler esta obra do controverso Freud, um calhamaço bastante espesso mas de fácil leitura, que me fica a ecoar na cabeça...
Kiss Kiss Bang Bang



Uma comédia negra simplesmente fantástica. A estrutura narrativa que acompanha o pensamento do protagonista, faz pouco dos clichés e do meio cinematográfico. Robert Downey Jr. e Val Kilmer mostram a sua enorme qualidade. O filme é delicioso e o entretenimento está garantido....
Nacho Libre



Era um filme que prometia, não só por ter o peculiar Jack Black, como pelo Danny Elfman, autor da banda sonora e por ter sido rodado no México. Gostei do que vi, embora como comédia esteja relativamente fraco.

Um padre mexicano sonha em ser lutador de wrestling. Secretamente usa à noite um fato e uma máscara e participa em lutas de wrestling para angariar dinheiro, de modo a salvar um orfanato. A sua identidade apenas é do conhecimento do seu fiel ajudante, o Esqueleto...
Snakes on a Plane



Serpentes a Bordo? Porque razão vi esse filme? Só pelo titulo deveria ter ficado quieto. Mas digo para mim: eh pá! Se tem o Samuel L. Jackson não pode ser assim tão mau!

O medo de voar, cobras... o filme não entretem, não assusta e não surpreende em nada... Muito mau mesmo...
Me and You and Everyone We Know



Eu, Tu e Todos os que Conhecemos é o titulo deste fabuloso filme que me marcou pela sua beleza e simplicidade desconcertante. É destes filme que eu preciso, que me façam acreditar no cinema. Filmes que ficam guardados para sempre!

))<>(( que quererá dizer? Gostar? Dar e receber, para sempre? Quem sabe... Foi esta a linha condutora da narrativa.



- I just wish I had met her 50 years sooner.
- Yeah.
- But then maybe I needed 70 years of life to be ready for a woman like Ellen.


Miranda July, a realizadora e protagonista deste filme estreia-se da melhor maneira, como actriz, como realizadora, e sobretudo, como contadora de histórias. Saliento o diálogo dos sapatos, o triste destinho do peixe...

Ela conta histórias muito humanas, aparentemente tão banais e no entanto extraordinárias.

sexta-feira, 20 de outubro de 2006

Jane Siberry - It Can't Rain All the Time



A primeira vez que ouvi esta musica foi no filme The Crow, e desde então que me vem a maravilhar cada vez mais... a voz doce da Jane Siberry contagia-me com a sua melancolia... e ao ouvir esta musica, olhei pela janela... e como por magia a chuva parou...



We walked the narrow path,
beneath the smoking skies.
Sometimes you can barely tell the difference
between darkness and light.
Do you have faith
in what we believe?
The truest test is when we cannot,
when we cannot see.

I hear pounding feet in the,
in the streets below, and the,
and the women crying and the,
and the children know that there,
that there's something wrong,
and it's hard to belive that love will prevail.

Oh it won't rain all the time.
The sky won't fall forever.
And though the night seems long,
your tears won't fall forever.

Oh, when I'm lonely,
I lie awake at night
and I wish you were here.
I miss you.
Can you tell me
is there something more to belive in?
Or is this all there is?

In the pounding feet, in the,
In the streets below, and the,
And the window breaks and,
And a woman falls, there's,
There's something wrong, it's,
It's so hard to belive that love will prevail.

Oh it won't rain all the time.
The sky won't fall forever.
And though the night seems long,
your tears won't fall, your tears won't fall, your tears won't fall
forever.

Last night I had a dream.
You came into my room,
you took me into your arms.
Whispering and kissing me,
and telling me to still belive.
But then the emptiness of a burning sea against which we see
our darkest of sadness.

Until I felt safe and warm.
I fell asleep in your arms.
When I awoke I cried again for you were gone.
Oh, can you hear me?

It won't rain all the time.
The sky won't fall forever.
And though the night seems long,
your tears won't fall forever.
It won't rain all the time
The sky won't fall forever.
And though the night seems long,
your tears won't fall, your tears won't fall,
your tears won't fall
forever.
Eu estava a pedi-las...



Eis então que a constipação 'se me apegou' deixando-me com dores de cabeça e de mau humor. Vi-me forçado a tomar um chá estranho, cujos ingredientes nem me atrevi a questionar. Foi-me dito: bebe isto que ficas como o aço! E eu bebi, contente da vida, ainda por cima hoje é o dia em que a Mogambilia chega da mouraria. E lá vou eu arrastando-me, esperando o fim de semana para recuperar, na companhia da Eli e dos meus amigos imaginários (por certo foi um deles que me contagiou). A borbulha da praxe mudou de local, largou o sitio habitual e alojou-se na minha testa...

Ando pelos cantos a resmungar com o nariz cheio de ranho e agarrado ao Vicks Vapospray e ao protector labial Penumbra com sabor a banana (ia dizer baton do cieiro, mas isso soa demasiadamente gay, até para mim) pois os meus lábios começam a secar e a criar gretas profundas...

Isto resultou da minha genial ideia de ter andado mais uma vez à chuva, pelo segundo dia consecutivo e por vontade própria. Desejoso por sentir a chuva na cara... e agora pago a factura...
Perdido na escrita...



Não me queria precipitar, mas acho que este quadro está a durar uma eternidade para terminar. Nem sei o que quero pintar. Há muito tempo que espero que ela me diga algo. Será que ela não vê que a amo? Infelizmente, parece que ela não. A porcaria do telefone não toca. Esta é a pior parte da história. Mas, pelo menos, por enquanto, ela ainda não me deu razões suficientes para deixar de acreditar. Tenho a esperança de que coisas boas podem vir por aí. Começo o dia sem qualquer surpresa, mas com algo inusitado. Sinto-me deprimido devido à pintura que não funciona. Precisava era de umas risadas, da sua companhia. (Suspiro) Ai, a sua agradável companhia! Beijos cúmplices. E eu, que não consigo acertar com nada. Maldito quadro! Porque razão me veio à cabeça a ideia de pintar uma estúpida maçã! Terá algo a ver com ela? Ela não se me ‘deslarga’ do pensamento. Esta confusão tem justificativa? Estou exausto!

Este texto foi retirado da peça de teatro que tanto me tem chateado o cachimónio... Mas que me está a dar gozo a escrever...
Os Cavaleiros do 16 de Julho



É o livro que me encontro a ler de momento. Da autoria de Ken Follett, retrata o maior assalto do século, feito por cavalheiros. Está mal traduzido e é de leitura fácil, o que é bom quando me encontro de cabeça cheia e sem pachorra para mais nada... Nestas noites chuvosas de outono...

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

Garimpar ideias...



A minha conversa com a Iris está a ser gravada. Por certo não poderei deixar de usar termos como: luvas brancas, drogas, terrorismo, subornos, proxenetismo e incesto. Com isto pretendo animar a vida à pessoa que irá passar a pente fino a dita gravação! E não percebo, esfalfo-me a tentar criar uma peça mais ou menos bem elaborada, quando me pedem para usar uma das conversas mais parvas de que tenho memória...

É assim a malta do teatro, os artistas... Se o ensaio de logo à noite correr assim, e eu mantiver esta tremenda má disposição vou-me barricar no Rivoli... ou alistar-me nos jogos sem fronteiras! Grande Eládio!
Vergonha dos políticos...



É o que sinto, vergonha dessas autoridades que não hesitam em privatizar o Teatro Rivoli. É a crise; dizem eles, sentados nas suas cadeiras fofas e confortáveis, fazendo contas aos lucros que lhes estarão, porventura, reservados com este negócio! A Câmara Municipal vem a público garantir que apenas alterou o seu modelo de gestão, passando o Rivoli para mãos privadas... Com isto entende-se que a arte do espectáculo ficará a servir interesses econónicos. É também o meu dinheiro que lá está, tratando-se de um edificio público, bem o sei, mas prefiro-o a ser usado para verdadeiro serviço público. A ser usado por amor à arte! A cultura é uma boa ajuda para sairmos desta crise, mais de valores do que de outra coisa qualquer...
Sugestão: Já que o futebol é que é cultura usem o dinheiro deste negócio e construam mais um estádio bonito; ou entreguem-no ao sr. Belmiro, com certeza que ele criará mais um centro comercial, colorido e apinhado de gente. Isso é cultura meus caros!
Los Lunes al Sol



Numa noite chuvosa nada melhor do que ficar em casa a ver um bom filme. Foi isso que fiz. O filme eleito foi o espanhol Los Lunes al Sol; o desemprego como cenário para um grupo de amigos, já entradotes numa sociedade que os põem de lado. A realidade crua num filme frontal retratada com tons de poesia dada a pureza dos personagens. Gente comum que vive um drama desde que os estaleiros navais em Vigo foram encerrados, desde então esta gente vive no desemprego. Ficando a questão levantada por um dos personagens: "A questão não é se acreditamos ou não em Deus. A questão é se Deus acredita em nós"… Este é mais um filme imperdível.
Trovoada pairando nos céus



O senhor nosso senhor Deus tem destas coisas, em vez de apenas se divertir com a chuva manda-nos também trovoada. Ele deve achar muita piada, deve pois, ontem divertiu-se imenso. Só que a Sua brincadeira deu-me cabo do modem. Resultante disso tou sem net em casa. Aqui fica uma nota: embora Seja o criador do universo e doutras coisas também, a sua liberdade termina onde a dos outros começa! Lá por ser o todo poderoso e a sua vontade suprema deixe-se lá dessas brincadeiras.

Ps: Já agora não poderia realizar o milagre de me arranjar os drivers para um modem Thomson SpeedTouchUSB 330? Para eu reparar o mal causado... Senão quando tiver a net reposta, o primeiro site que visitarei será pecaminoso. Fica a ameaça no ar. Lá por ser Deus não significa que se possa meter comigo! Tenho dito!
Filme do dia: Abril Despedaçado



Passa-se em 1910, no sertão brasileiro. Uma tradição secular entre famílias, uma luta pela posse das terras, obriga o personagem a vingar a morte do irmão mais velho. Quando a camisa manchada de sangue secar, este será forçado a assassinar o responsável pela morte do irmão. Ao cumprir a sua missão, Tonho descobre que o seu destino está marcado. A família rival irá tentar colocar um fim na sua vida, continuando deste modo o ciclo vingativo. Com a sombra da morte no horizonte ele questiona a lógica e a violência dessa tradição, até que conhece uma jovem circense que o faz duvidar de tudo o que até então conheceu…

Obra bela do realizador Walter Salles, que através de uma fotografia de enorme qualidade e de um naipe excelente de actores, salientando o papel do Rodrigo Santoro, que só por si suporta grande parte do filme...

Senti-me despedaçado com a beleza e simplicidade da narrativa, adorei...
O primeiro banho de chuva



Eis que somos brindados com a chuvinha do Senhor (que se entretem a saltitar na sua paz, no meio das nuvens, completamente seco; fazendo-o certamente para nos irritar). E eu que até à data não tinha levado com um pingo sequer, vi-me cercado por uma chuva torrencial que me encharcou todinho... A chuva molha-me a cara, a roupa, e eu gosto. Gosto pois, de sentir o rosto húmido e gélido. A chuva é um bom ouvinte; disse-lhe um segredo e ela guardou-o; deixei-a com as minhas lembranças e sorri. Sorri ali de braços abertos, deixando o seu poder dar conta de mim, gota a gota...

terça-feira, 17 de outubro de 2006

É mais um...



Este dia, o dia dezassete, foi instituído num dia chuvoso de inverno. Corria o ano de dois mil e quatro da graça do senhor e estávamos a meio de Dezembro. O impensável teve lugar logo ali e ainda não encontrou término, enfim… quase três anos de degredo…Jamais (oficialmente, de qualquer modo tudo continua oficioso, pois eu nego tudo, ou não) será feita qualquer tipo de homenagem a esta data, mas eu aproveito-a à minha maneira, uma maneira muito especial…
Playlist para o dia de hoje



Estas são as musicas que ouvirei todo o santo dia. E porquê? Porque me identifico com uma pequena parte de cada uma...

The Killers - Smile Like You Mean It
Frou Frou - Only Got One
Mogwai - A Cheery Wave From Stranded Youngsters
Probot - Shake Your Blood
The Shins - Caring Is Creepy
Air - Suicide Underground
Ani DiFranco - I Loved You, So What
Bjork & PJ Harvey - Can't Get No Satisfaction
Colin Hay - Overkill
Johnny Cash - Danny Boy
Low - Slide
Mum - Green Grass of Tunnel
Sleater Kinney - Night Light
Sparklehorse - Sad and Beautiful World
Barnes & Barnes - Fish Heads
Boss Hoss - Seven Nation Army
Cheb Khaled - Didi
Chris de Burgh - Lady In Red
Coal Chamber - Fiend
Damien Rice & Lisa Hannigan - Seven Nation Army
Fear Factory - Invisible Wounds
Lynard Skynard - Tuesdays Gone

segunda-feira, 16 de outubro de 2006

Devaneios em alto mar



Será isto um sonho, nada mais do que isso? Estarei mesmo cativo do General Atum? Tento lutar mas não consigo, vejo-me a ceder, a ser vencido por um peixe! Negar é o que me resta, além do saber nadar, que é coisa que não sei. Balanceio nas ondas. Sofro com os caprichos do mar. As escamosas torturas que me assolam, os fantasmas que me perseguem, mesmo debaixo de água. Pousar os pés no chão. Pés encharcados. Algas malditas que me sugam. Uma prisão é o que é. Vejo-me prisioneiro fechado num vasto limite. Morrerei aqui? Quem sabe se sim. Quem sabe que não. Eu não, não sei de nada. Tento fugir, tento fingir, tento seguir em frente… em vão. Isto não existe; eu não existo. Serei um peixe? Um peixe como o pequeno Pimplopeixopete?

Abro um buraco na água, ouço vozes. De onde vem este som? Da minha mente? Tenho de me esconder, o peixe maldito voltou! Será desta? Faz hoje quinze dias que estou cativo das ondas, debaixo de água….
A Vida Secreta das Palavras



Um filme que me deixou colado... Uma plataforma petrolífera, isolada no meio do mar. Gente que procura que se procura isolar do mundo. Um ambiente silencioso alternado com o som do bater das ondas. Após um acidente na plataforma, uma mulher misteriosa e solitária que tenta esconder o seu passado (tal como os outros) fica a cuidar de um homem que fica temporáriamente cego. Entre os dois forma-se um clima de secretismo, emoção, verdades e mentiras. Os laços formam-se e o amor mostra o seu poder.

domingo, 15 de outubro de 2006

O pequeno Pimplopeixopete



Pimpo Peixe
Xoto Peixe
Peixe Peixe
Peixe Pimpolho
Peixaroco Peixaroco
De Seu Nome
Pimplopeixote
Xote Xote
O Peixote
Que Agora Está no Trote

Esta lenga lenga é da autoria da Mi e do Mogambilio. Por isso é tão linda!
Lá vai ela...



Sixpence None The Richer - There She Goes



There she goes
There she goes again
Racing through my brain
And I just can't contain
This feeling that remains

There she goes
There she goes again
Pulsing through my veins
And I just can't contain
This feeling that remains

There she goes
There she goes again
Racing through my brain
And I just can't contain
This feeling that remains

There she goes
There she goes again
She calls my name,
Pulls my train
No one else could heal my pain
And I just can't contain
This feeling that remains

There she goes
There she goes again
Chasing down my lane
And I just can't contain
This feeling that remains

There she goes
There she goes
There she goes
Bichinho gato...



Bichinho gato
que comeste tu?
sopinhas de leite
Guardaste-me delas?
Guardei, guardei
Onde as puseste?
Atrás da arca
Com que as tapaste?
Com o rabo da gata
Sape, sape, sape gato
sape, sape, sape gato.
The Da Vinci Code



Não resisti ao impulso de ver este filme, dado todo o aparato comercial. E como previa o filme está muito fraquinho, nada trazendo de novo. No entanto é de referir um clima de tensão e satisfatórios efeitos especiais embora o trabalho com as personagens deixe muito a desejar, parecem lá estar por estar, como mero suporte, sem o minimo de profundidade, retendo a interpretação do Paul Bettany e do Ian Mckellen.
Mas o Tom Hanks chega a irritar, dada a sua apatia, limitando-se a debitar texto, sem exprimir qualquer emoção. Trata-se de uma boa história, mas que na realidade não foi bem transposta para a tela, no livro consegue ser bastante mais consistente, permitindo-nos usar a imaginação...
O Cavaleiro da Dinamarca



Sophia de Mello Breyner Andresen escreveu este belo conto que agora comecei a ler, e a verdade é que estou a adorar a peregrinação até à terra santa por parte do Cavaleiro da Dinamarca...

sábado, 14 de outubro de 2006

O findar de um mito



A bebida que era tida quase como uma religião, um modo de vida deixou-me envergonhado. Os quilómetros que já fiz apenas com o propósito de beber um SAMBA, aquela bebida mágica que me torna imortal não passa de um embuste.

É de notar que me refiro ao Samba Misto, não ao original, mesmo assim continua no final da tabela das melhores bebidas do mundo, cá vai ela:

1- Xiripiti (Pizzaria Napolitana, Pevidém)
2- Nortada (Fojo, Fão)
3- Rabo de Galo (Café D. Pedro V, Braga)
4- Pontapé na Cona (Arroz Doce, Lisboa)
5- Samba (Café D. Pedro V, Braga)

É de notar que uma bebida não nortenha (ainda por cima tipicamente moura) esteja à frente do nosso Samba. Não pode continuar assim... Não pode mesmo!



Tudo se passou na noite de sexta feira, em que eu, o Zé Jorge e a Mi realizamos mais uma visita do tasco do Sr. Machado (Café D. Pedro V) beber um pouco de Samba. O Zé bebeu apenas um, nada fora do normal, até que no caminho de volta, os senhores agentes da autoridade mandaram parar a viatura. O Zé Jorge teve de fazer o o teste de alcoolemia, o que quer dizer que ele bufou ao balão...

Logo nesse momento a desilusão tomou conta meus sentimentos, que se baralharam todos! Aquilo significava que a melhor bebida do mundo acusava apenas 0.06... Uma vergonha, é o que é... Nunca mais na vida beberei Samba...
O carro dos estofos fofos



Como era de noite, dada a fraca visibilidade, não posso dizer se gostei ou não da viatura. O que gostei foi dos estofos. Fofinhos e muito confortáveis. Gostei mesmo de me sentar naquele carro...

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Banda Sonora: The Last Kiss



Um filme pelo qual estou desejoso. Depois do sucesso do fabuloso Garden State, o actor Zach Braff entrou na minha lista de actores/realizadores. A banda sonora do Garden State já estava especial, mas a deste The Last Kiss ultrapassou todas as espectativas. A encabeçar a lista estão os Snow Patrol, depois temos o Rufus Wainwrigh, o Joshua Radin, a Aimee Mann, Remy Zero, Rachael Yamagata, Imogen Heap. Imperdível!
The Killers - Sam's Town



Sei que já chateio com os The Killers, mas agora que me chegou às mãos o novo disco, não deixo de os ouvir. A Enterlude e a Exitlude para não falar da Bling (Confessions Of A King) e da Bones tocaram durante todo o dia. Recomento vivamente este disco, da banda que mais surpreendeu este ano!
Mudança drástica de visual



É mesmo assim, hoje decidi orquestrar uma mudança no meu visual. Tomei a decisão de cortar os pelos que insistiam em espreitar para fora do meu nariz. Eram apenas três os desgraçados, mas já o deveria ter feito à mais tempo. Quando me encontro constipado, o ranho desliza através deles, acabando por secar na minha barba criando uma crosta verde e viscosa. A inércia que me persegue não me impediu de pegar numa pequena tesoura. Acabado o serviço olhei-me no espelho, e vi-me, como sempre: gordo e feio!
Em busca da inspiração perdida



O meu velho amigo, ligado à corrente eléctrica auxilia-me na árdua tarefa de escrever uma peça de teatro. Companheiro de escrita, que nada faz além de imprimir no ecrã as letras que pressiono no seu teclado.

Mais uma peça que me obriguei a escrever, após alguns meses de falta de inspiração e preguiça. Os textos estão a andar, os diálogos a ser construídos e o enredo a obter a devida coerência. O trabalho é difícil, mas agrada-me, permite-me escrever, o que me é mais fácil do que falar, e eu falo que nem um esguichadeiro, não me calo por um instante. O texto ainda anda um pouco trouxe-mouxe mas com a ajuda da malta do teatro vai ao sítio, ai vai…
O regresso do General Atum



O maldito atum mordeu-me, apegou-se a mim e abocanhou, deixando marcas no meu braço à medida que o sangue jorrava, o sangue vermelho a escorrer, o seu cheiro, o seu aroma, aquela dor…A luz do sol penetra nas ondas (é de lembrar que me encontro em alto mar, debaixo de água, prisioneiro do General Atum). Pelos orifícios do canto do meu olho reluzente, vejo o ódio estampado na cara do horrível peixe elevado a General maléfico, e o seu cheiro a… como não poderia deixar de ser era a peixe. A morte esperava-me de braços abertos de felicitação, mas eu não queria desistir de viver, não que a minha vida valha algo, só não me sentia bem ali debaixo de água, por certo que não se trata de uma maneira digna de morrer, prefiro algo mais dignificante como ser pendurado com a cabeça para baixo e ter alguém a soprar nos meus ouvidos um assobio abafado e a fazer blurg, blurg com a língua, e depois o silêncio. E eu ali, pendurado. Mas não, a verdade é que me encontrava debaixo de água, sem poder respirar (o que é incrível, pois faz hoje uma semana e dois dias). Talvez, o exército de atuns saiba a localização exacta de onde eu me encontro, porque eu, desorientado como sou e ainda por cima encontrando-me rodeado de água da cabeça aos pés e ferido com alguma gravidade no antebraço, sem ver nada, sem conseguir definir nada através dos orifícios da água salgada, sucumbia à agressões verbais do General Atum, e as suas escamas bexigosas que me tocam nas peles.

Continua….

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Karaoke no CPT



Medo. Foi o que senti ao entrar no CPT na última sexta feira. Logo na entrada vi-me forçado a contribuir com 1€ para o grande evento que lá tinha lugar: Karaoke! Dois animadores entretiam os clientes, passando musica que enchia espaço. Gente nova e gente menos nova. O tasco ocupado por famílias! Meus amigos, tive muito medo. Os jovens que colocavam musicólio eram muito abrangentes, pois tanto tocava Tindersticks como Rammstein; Whitney Houston e The Doors. Sentia-me numa outra dimensão, num universo paralelo habitado por personagens estranhas, como um jovem com uns músculos bastante desenvolvidos, com um ar bastante másculo que se levantou e deu inicio à cantoria, interpretando um grande sucesso do aclamado cantor Tony Carreira!

O Zé tomou parte como artista, escolhendo um dos mais famosos temas de um dos ícones do universo da canção portuguesa: Os Peitos da Cabritinha do inevitável Quim Barreiros. As famílias levantaram-se e improvisaram um bailarico, criaram um ambiente de baile semelhante ao de uma qualquer festa celebrada num qualquer salão paroquial de uma qualquer aldeia.



O Zé conseguiu levar ao rubro os espectadores do grande evento ao interpretar a musica Pimba, Pimba do consagrado cantor popular Emanuel. Através do elaborado refrão repleto de preciosidades líricas a assistência dançou e aplaudiu.

O momento seguinte ficou marcado pela presença e actuação do Diogo, da Filipa, da Natália e do Zé que surpreenderam com uma fabulosa Dunas dos GNR. Os quatro mostraram a sua qualidade e prestigio logo no momento em que pegaram nos microfones. Estilo é o que não lhes falta.



Um cota improvisou uma Pedra Filosofal e um fadinho qualquer. Levando as lágrimas aos olhos, pois a sala estava impregnada de fumo. Senhores a fumar cigarros atrás de cigarros e os responsáveis pelo karaoke que através de uma estranha maquineta lançavam fumo sobre os artistas.

O Zé voltou mais uma vez para brilhar, desta feita com o tema As Mulheres, do acarinhado Martinho da Vila. As jovens apaixonam-se pela interpretação do nosso amigo, que no centro ostentava uma garrafa de cerveja numa mão, e na outra o microfone. Era ouvir o som dos soutiens a rasgar, gemidos abafados pelo olhar assassino dos maridos e companheiros das damas que ardiam com a sensualidade transposta pela actuação magnífica.



Mais alguém foi cantar cenas sem qualquer interesse, até que o Diogo, a Natália e a Filipa começaram a cantar com toda a dedicação um grande tema da mais que conhecida, e admirada no mundo da canção: Britney Spears com Baby, One More Time. O refrão forte e pleno de sentimento. A sensualidade pairava no ar ao som da voz do Diogo e dos gritos estridentes das meninas que se encontravam no recinto. A Natália e a Filipa atingiram o auge da sua actuação apenas pela sua presença, mas no momento em que cantaram as palavras: Oh baby baby, how was I supposed to know
Oh pretty baby, I shouldn't have let you go…
Numa actuação quase semi próxima do amadorismo profissional.



Já o sol raiava, seria para aí 1h da manhã, hora mais que tardia para uma noite de sexta feira. Actuaram os desejados Zé Jorge, Gil e Zé com a pérola musical Cantor de Sonhos do amado Tony Carreira. Enchendo o espaço de lágrimas, bem como de cuspidelas.

Por outras palavras: Porque razão não me deixei ficar em casa!?