quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Chuva



A seu tempo a chuva parou
Nuvens suspensas
Flutuo na água
A água parou
Adormeço no sonho
Perco-me na corrente
Respiro fundo e finjo
Finjo que ainda lá estou
Lá fora, na janela
A chuva cai
Rápida e delicadamente
Do inicio ao fim
Do mundo
E eu inanimado, morto
Olhando de perto
As pingas que ferem
Que vagueiam, que curam
Que me constipam…