quarta-feira, 5 de setembro de 2007

A Batalha do Campo Grande



E assim começa o segundo volume do meu romance histórico:

A Batalha do Campo Grande, ocorrida no jardim com o mesmo nome, constituiu um dos acontecimentos mais decisivos da relação entre o jovem casal. O palácio ficava num primeiro andar, mesmo em frente ao local da batalha. Deste modo o destemido Cavaleiro manjava e pernoitava em casa. Sem esta guerra, o pequeno reino governado pela Princesa teria sido conquistado pelos espanhóis, muito provavelmente, pois eles ainda estavam de olho, tentando deitar ao nosso bem mais precioso: as colheres de pau com alças. O contributo da Princesa foi primordial, pois era ela quem, todos os dias, preparava cuidadosamente o farnel do líder da quezília que defendia o orgulho nacional. Uma sandes de atum e um iogurte, era o que alimentava o Cavaleiro, mantendo-o rijo e fisicamente apto para o duro embate com o seu histórico arqui-inimigo. O seu secular rival: Sujeito a Reboque, este malfeitor liderava o exército inimigo, numa batalha que por acaso não figura nos livros de história, mas que foi das mais marcantes da idade medianeira, algures entre a centúria de 1980 e 1983, altura em que o Cavaleiro adveio ao mundo, tal como o conhecemos hoje, aquando da sua ascensão, abandonando o engatinhar fugaz.