quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Os monstros de ontem que irão atacar amanhã, ou depois de amanhã



Algures na mata, escondido num tronco, ou até mesmo na minha fronte. Mesmo ma ponta do meu nariz. Entrando pelos buracos, ranho adentro, fluindo através da minha pilosidade nasal. Serpenteando pelo muco, a tentar alcançar o meu cérebro. Quão infelizes serão eles! Nunca penetrarão no meu cérebro, na muralha erguida a cada pensamento, criando uma barreira inviolável. Que quererão eles do meu cérebro? Nada possui de valor. Gosma colada nas bordas cinzentas! Entulho impedindo a mente de sair pelas orelhas. Orelhas que servem para bloquear ideias, criando cera, fazendo com que as ideias escorreguem de volta ao seu lugar, para o vazio da minha mente. Que querem eles, seres que da mata saíram, mata escura e espinhosa cheia de bichos que me roem as ideias. São uns monstros, é o que são!