sexta-feira, 31 de março de 2006

Soturno e triste, na praia, a ver a noite e o mar



Perdido nos caminhos
por mim traçados
farto de andar
com os pés parados.

A arder de desejo
a magicar pensamentos
á espera que me ouvissem
pararam por momentos
as ondas do mar
Poderia ser que elas sentissem.

A areia nos pés
húmida pelo orvalho
vento invisível
brisa enrolada
no meu corpo
abro as mãos
fico apático, absorto
Sigo em frente.

Ao longe um barco
como queria navegar
não nas ondas
mas andar
nas águas
pairar no mar
salgado, negro
afogar as minhas mágoas
sinto os pés molhados
escuros e frios.

A água sobe
A água desce
A água vai
A água vem.

E eu,
não saio do lugar
fico ali a observar
as águas salgadas pelo mar

Ondas incertas
Ondas de esperança