sexta-feira, 31 de março de 2006

Inveja da gaivota



Lá vou eu no meu desalento
perdido nas brumas
entrelaçado nas curvas do vento
braços abertos, voando
acima de mim, além do tempo
livre e desperto
sobretudo esperando
algo que me dê alento
voar ao teu lado
para sempre, amando

A voar e a amar
sentimento cá dentro
amar é voar
saborear cada momento
voar é sonhar
viajar no pensamento

Voar é ter asas
como se fossem palavras
voz calma e serena
segredos ao ouvido
poema para a alma
viver sem sentido
e pousar num chão seguro
devagar e com ar decidido
pousar nas nuvens
para depois, de novo voar
esvoaçar alegremente
como uma gaivota...
como um pássaro
nunca ficar sozinho
despertar contigo
a meu lado