O dia de sábado começou bem cedo, seriam umas sete e pico da manhã quando fui acordado para começar a grande obra. O que eu fiz foi virar-me para o outro lado da cama e continuar o meu sono, que bom que ele estava. Levantei-me uma hora depois, lavei a cara, tomei um bom pequeno-almoço. A ideia era a de construir uma parede. O material já lá estava todo. Tijolos, cimento, areia, cerveja, pá e luvas convenientemente colocados para que eu lhes deitasse as mãos em cima. Ao lado daquela parede, o muro de Berlim era para meninos, dada a sua complexa qualidade de construção. Tínhamos um fio-de-prumo e tudo, éramos profissionais em toda a camada de cimento aplicada, em cada tijolo colocado, em cada gole de cerveja bebido. Para terem noção da altura da parede, imaginem só: era maior do que eu tanto em altura como em largura. Era gigante, monstruosa.
