segunda-feira, 15 de maio de 2006

O amanhecer na esquadra da GNR de Riba d'Ave



A porta da esquadra encontrava-se fechada. O Diogo pressionou o botão da campainha com ar decidido. Passado uns instantes surgiu um agente todo remeloso, seriam umas seis e meia da manhã de domingo. O Diogo exaltado questionava o polícia sobre o a atitude a tomar:

- E o quê? Você não vai fazer nada? Vai ficar aí?

Ao que o polícia incrédulo não reagia, vendo o queixoso a desbaratar palavrões. O momento de mais relevo foi quando o agente perguntou se ele queria apresentar queixa, foi aí que o Diogo se encostou na parede, inclinou e colocou uma mão na cabeça, dando um ar introspectivo e desatinado ao mesmo tempo. Ali ficamos na treta com o agente da autoridade. O Zé Jorge e o Luís já tinham sido avisados do furto e o Diogo estava prestes a apresentar a queixa. Quando toca o meu telemóvel, do outro lado falava o Ricardo a indagar se o Diogo não havia deixado o carro noutro local, talvez na casa do Carlos. Viro-me ao Diogo e questiono-o em relação a isso. Ele fica pálido e deita as mãos à cabeça, fazendo alusão à sua estupidez desmedida. O carro tinha ficado na casa do Carlos, onde havia sido estacionado pelo próprio Diogo!

Restava apenas informar o polícia de que afinal o carro não havia sido furtado, mas que estava estacionado noutro local. Para isso ele inventou uma história rebuscada e afirmando por inúmeras vezes que não estava bêbado. O polícia não tinha reacção, aparvalhado que estava. Do outro lado da porta estava eu agarrado à barriga de tanto rir.