quarta-feira, 30 de novembro de 2005

A mirabolante viagem, o Expresso do Inferno



Ao contrário do que havia previsto o autocarro não iria partir às sete menos um quarto, mas sim à oito menos um quarto. Um gajo a correr feito parvo para acabar por apanhar uma seca de uma hora.

O ar condicionado estava maluco, um forno, o calor deixava um gajo doido e a desesperar, os boxers estavam já colados no rego. Litros e litros de suor... suei.

No banco da frente ia uma gaja, e o que ela fez? Nada mais, nada menos do que rebater o raio do banco todo para trás enquanto eu dormia. Quando acordei dei por mim esmagado, numa poça de suor.

Ao lado ia uma matilha de mulheres, de lingua bem afiada por certo. Numa lenga lenga interminavel... E eu desesperava pelo fim da viagem.

Ia envergonhadamente a trincar umas linguas de gato que havia comprado no LIDL. E que más que elas eram, sabiam a ranço.

A rádio, ai meu deus! A rádio! Claro que só poderia ser a RFM...