segunda-feira, 26 de junho de 2006

Não pude evitar... o S. João...



O destino era o Porto, após ter levado com muita chantagem emocional cedi, conformei-me com a minha triste sina. A primeira paragem seria em Castelo da Maia, onde a família da Mogambilia festejava elegremente. Eu e o Zé Jorge caímos lá, no meio de muita gente desconhecida, que me lançava olhares de natural curiosidade. Aquelas gentes são de uma hospitalidade sem igual, após cinco minutos já me sentia em casa, bebia uns copos, trincava uns petiscos e metia conversa com a "família dela".



Por fim cumpriu-se a tradição, a qual eu desconhecia parcialmente, que consiste em lançar balões ao ar, deixando o vento decidir o seu destino. O primeiro balão, coitado, incendiou-se ainda no chão, o segundo ainda levantou voo, para depois se desintegrar em chamas. Seguiram-se mais uma meia dúzia de balões que voaram com mestria, pela escuridão iluminada por imensos fogos de artificio.



Outra das tradições é a de lançar fogo de artificio, prática que me assustou um pouco. O terraço foi o local escolhido, e o Zé Jorge foi o primeiro voluntário, que com toda a sua habilidade quase assassinava um tio da Mogambília, o resto do fogo foi lançado sem problemas, criando um ambiente de festa...

O rapaz de chapéu preto
Precisa a cara partida
Debaixo do seu chapéu
Pisca o olho à rapariga

Esta vai por despedida
Por despedida esta vai
Tua mãe morreu sem dentes
De tanto ratar meu pai

Tu julgas que m 'enganas
A mim não enganas tu
Daqui pouco levanto-te as saias
E dou-te açoites no cu