segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

O Dolmen timido, que se escondia à nossa passagem



Os quatro exploradores invioláveis em busca de um Dolmen perdido no bosque. A busca insaciável do desconhecido, à procura de sinais, que se revelavam como pistas falsas.

O medo, o terror, vivido por quatro personagens que se embrulharam nas silvas e ortigas. Eu, o Pedro, o Jorge e o Ricardo, no desconhecido...

O que é que um gajo procurava: emoção e terror. Pelo menos eu esperava ver corpos enforcados nas àrvores, crianças amarradas em troncos, feiticeiros demoniacos, rituais satanicos, criaturas medonhas escondidas nos arbustos. Mas não! As únicas coisas que um gajo encontrava eram lenços de papel e garrafas de plástico. Uma prova da existência humana naquele local sagrado, agora profanado. E o Dolmen? Nada. Um gajo bem seguia os trilhos indicados por setas azuis, seguiamos o instinto, galgavamos terreno, davamos palpites, e nada!

A única coisa de jeito que um gajo encontrou foi uma placa que dizia: Proibido deitar Lixo e uma familia que por lá se passeava, afinal era domingo...

Desistimos da busca, seguimos a indicação do Castro de S. Lourenço, e sem pensar duas vezes lá fomos, como se fossemos soldados romanos em busca da conquista do mundo, subimos e descemos encostas ingremes. Embrenhamo-nos na mata... E ali fomos felizes, não sei porquê, senti-me logo ali, realizado, talvez por influencia do pôr do sol a reflectir no oceano, talvez por sentir uma outra cultura milenar, se calhar era a fome, nunca se sabe.

O dolmen escondido, o castro romano, os moínhos, o pôr do sol, o mar, a francesinha especial com batata... Foi lindo...