quarta-feira, 5 de julho de 2006

Os Hindus contam uma história bonita.



No princípio dos tempos, uma grande nuvem espiritual envolvia o mundo, constituindo a essência suprema, e cada criança, ao nascer, recebia uma generosa parcela deste misterioso ectoplasma que descia sobre ela e passava a ser sua alma. Com o passar dos séculos, as populações foram aumentando e já não havia grandes porções de alma para dividir com todos os que nasciam. Então começaram a aparecer na terra milhares, milhões de pessoas com almas pequenas. Mas até hoje, de vez em quando, um engano acontece, e ainda sobra um pedaço maior de alma para determinados seres humanos. Assim nascem, aqui... e ali, criaturas de almas grandes.

Por toda parte, na terra, em países diversos, essas pessoas de almas grandes reconhecem-se e atraem-se ao ver-se pela primeira vez. São em geral simpáticas, inteligentes, honestas, e identificam-se imediatamente uma com as outras, como se fossem irmãs. Os casos de amor ou amizade à primeira vista, constituem provas concretas de que estas grandes almas existem. A angústia de viver está em que, no caso de sermos almas grandes, passamos às vezes uma vida inteira sem encontrar nossas parceiras genuínas, aquelas pessoas perfeitamente aptas a se identificarem connosco, a tornarem-se nossas maiores amigas, ou nossas grandes paixões. E podem estar à nossa espera ali na esquina, ou num bairro que não frequentamos, numa cidade que não visitamos. Todos deveriam falar com todos, sem constrangimentos, e tentar aproximações novas e frequentes. O mundo seria bem melhor se qualquer pessoa desconhecida dissesse em plena rua:

- "Aí está...gostei de falar contigo... vamos tomar um café".

Este texto chegou-me por email, refuto qualquer responsabilidade... portanto ninguém me venha chatear com palermices...