domingo, 4 de janeiro de 2009

Fuga de Couto de Cambeses, mesmo no último dia do ano!

Comunicado oficial:

Eu fui preso no dia 10 de Novembro de 1997. O Presidente da Junta e Comandante do Quartel da polícia montada de Santiago de Ancinhos reuniram oficiosamente de modo a discutirem as condições da minha prisão preventiva. Prestei depoimentos seguindo logo para os calabouços da GNR. O Ministério Público dispunha de todas as provas que indicam que prevariquei na gestão dos fundos da comissão de festas da paróquia de Couto de Cambeses. O esquema foi desmantelado por um agente da autoridade que tomava um café e bagaço na minha companhia, estranhando o facto de eu ter pago a conta com uma nota de cinco euros; um valor demasiadamente elevado para ser transportado por um gandulo; sem pensar duas vezes o agente prendeu-me .



Durante a minha prisão preventiva, que supostamente servia para me impedir de desviar provas e ameaçar possíveis testemunhas fui alvo de torturas hediondas, ok, nem tanto, mas senti-me um pouco sozinho. Os meus advogados entraram com um pedido de habeas corpus; coisa que não percebi por não ser fluente em francês; enquanto procuravam as provas para que o juiz não viesse a tomar uma qualquer decisão precipitada.



Fui submetido a um duro interrogatório que demorou uns dois minutos, para de seguida ser encaminhado para o refeitório da prisão, onde provei um belo arroz de feijão com rissóis.
Ainda hoje não sei como aguentei toda aquela pressão, aquela angustia!



Serve este comunicado para justificar a minha ausência deste blog desde o mês de Novembro. Juro solenemente de que esta situação ocorreu na realidade.