quinta-feira, 3 de maio de 2007

O mistério do fantasma do Norte, c'um carago!

Tudo começou com uma viagem atípica, o Sul visitava o Norte num claro clima de afronta e despeito para com as nossas gentes. Quatro seres, dois deles traidores da causa nortenha, os outros dois, mouros de gema.



De modo a preservar o ténue e quase inexistente fio de dignidade dos intervenientes, colocarei nomes fictícios. Assim sendo tínhamos, em representação do Norte, duas traidoras assumidas: a Sónia e a Eliana, plenamente conscientes do acto vil e escabroso em que tomavam parte.



Do lado da mouraria, os seres lendários pela sua ousadia em visitar o Norte. O impiedoso Nuno e a maléfica Inês, talvez inspirados pelo rei morto que haviam visitado durante a viagem, meteram-se no carro e inspiraram-se com o fantasma que os acompanhava, em descoberta de novos mundos.



E o fantasma não mais nos largou, dos Clérigos ao cais de Gaia, através de uma chuva irritante, da morrinha que nos fez acelerar o passo, deambulando numa noite de domingo, procurando abrigo seguro num qualquer bar.



Almas penadas, era o que parecíamos, vigiados de perto pelo fantasma, pela aura maligna que insistia em assombrar a Inês, era bastante óbvio que até os espíritos também, tal como eu, abominavam as suas pantufas. Pantufas feitas gatos. Gatos feitos persas, tal como se fossem espanadores, coitados dos bichanos. Nem sequer uma entidade do além permanece impávida face aos gatos. Gatos esses com nomes de cão!