terça-feira, 1 de fevereiro de 2005

Abri os olhos. Olhei pela janela. Dia de sol. Praia. O que parece ser um ritual automático, nem sempre foi um programa comum. Indo muito longe, podemos citar a Idade Média, por exemplo, quando o mar era associado a monstros e bárbaros e até mesmo o cheiro da maresia era associado a doenças derivadas de águas putrefactas. Mas nos nossos dias, as belas nadadoras salvadoras mostraram que o valor dos banhos costeiros para o equilíbrio físico e mental dos homens já passou de moda.


Ir à praia faz parte das férias de verão, quando grandes grupos se reúnem simplesmente para aproveitar a estação. A areia serve de ponto de conquistas e grupos de amigos ou casais de namorados passaram a ser mais comuns do que famílias. Isso exige dos membros do Painatal redobrada atenção, pois torna-se imperativo evitar a imoralidade...

Mas, quem raio é que pensa em imoralidade? Em lugares à beira mar, o culto à natureza, à paz e ao amor faz da praia o ideal de todos. Nada melhor do que passar um dia inteiro reverenciando o sol e o mar. Sem se preocupar com os agora tão temidos raios ultravioleta e os desconhecidos efeitos da poluição. Um perfeito pôr-do-sol. Mergulhar e molhar os cabelos, alisados cuidadosamente, nem pensar.... Isso será gay?

Pois, quando ouço a frase: preciso dar um mergulho para relaxar. É gay sem dúvida... A areia, além de servir de ponto de reunião para amigos, namorados, famílias, ainda é local de trabalho para os ambulantes-sem-fim (monhés, marroquinos e aqueles chatos que vendem gelados percorrendo toda a praia aos berros) que transitam no calor escaldante da estação, anunciada pelo vendedor de refrigerantes e biscoitos, já considerados clássicos das praias vendendo flores acompanhados dessa frase que causa arrepios ao comum mortal - quÈ flô?... argh...