Karaoke no CPT
Medo. Foi o que senti ao entrar no CPT na última sexta feira. Logo na entrada vi-me forçado a contribuir com
1€ para o grande evento que lá tinha lugar: Karaoke! Dois animadores entretiam os clientes, passando musica que enchia espaço. Gente nova e gente menos nova. O tasco ocupado por famílias! Meus amigos, tive muito medo. Os jovens que colocavam musicólio eram muito abrangentes, pois tanto tocava Tindersticks como Rammstein; Whitney Houston e The Doors. Sentia-me numa outra dimensão, num universo paralelo habitado por personagens estranhas, como um jovem com uns músculos bastante desenvolvidos, com um ar bastante másculo que se levantou e deu inicio à cantoria, interpretando um grande sucesso do aclamado cantor Tony Carreira!
O Zé tomou parte como artista, escolhendo um dos mais famosos temas de um dos ícones do universo da canção portuguesa:
Os Peitos da Cabritinha do inevitável
Quim Barreiros. As famílias levantaram-se e improvisaram um bailarico, criaram um ambiente de baile semelhante ao de uma qualquer festa celebrada num qualquer salão paroquial de uma qualquer aldeia.

O Zé conseguiu levar ao rubro os espectadores do grande evento ao interpretar a musica
Pimba, Pimba do consagrado cantor popular
Emanuel. Através do elaborado refrão repleto de preciosidades líricas a assistência dançou e aplaudiu.
O momento seguinte ficou marcado pela presença e actuação do Diogo, da Filipa, da Natália e do Zé que surpreenderam com uma fabulosa
Dunas dos
GNR. Os quatro mostraram a sua qualidade e prestigio logo no momento em que pegaram nos microfones. Estilo é o que não lhes falta.

Um cota improvisou uma Pedra Filosofal e um fadinho qualquer. Levando as lágrimas aos olhos, pois a sala estava impregnada de fumo. Senhores a fumar cigarros atrás de cigarros e os responsáveis pelo karaoke que através de uma estranha maquineta lançavam fumo sobre os artistas.
O Zé voltou mais uma vez para brilhar, desta feita com o tema
As Mulheres, do acarinhado
Martinho da Vila. As jovens apaixonam-se pela interpretação do nosso amigo, que no centro ostentava uma garrafa de cerveja numa mão, e na outra o microfone. Era ouvir o som dos soutiens a rasgar, gemidos abafados pelo olhar assassino dos maridos e companheiros das damas que ardiam com a sensualidade transposta pela actuação magnífica.

Mais alguém foi cantar cenas sem qualquer interesse, até que o Diogo, a Natália e a Filipa começaram a cantar com toda a dedicação um grande tema da mais que conhecida, e admirada no mundo da canção:
Britney Spears com
Baby, One More Time. O refrão forte e pleno de sentimento. A sensualidade pairava no ar ao som da voz do Diogo e dos gritos estridentes das meninas que se encontravam no recinto. A Natália e a Filipa atingiram o auge da sua actuação apenas pela sua presença, mas no momento em que cantaram as palavras:
Oh baby baby, how was I supposed to know
Oh pretty baby, I shouldn't have let you go… Numa actuação quase semi próxima do amadorismo profissional.

Já o sol raiava, seria para aí 1h da manhã, hora mais que tardia para uma noite de sexta feira. Actuaram os desejados Zé Jorge, Gil e Zé com a pérola musical
Cantor de Sonhos do amado
Tony Carreira. Enchendo o espaço de lágrimas, bem como de cuspidelas.
Por outras palavras: Porque razão não me deixei ficar em casa!?